Homens Brancos Não Sabem Blogar

Arquivo : nba

A origem dos nomes dos times da NBA – Conferência Oeste
Comentários Comente

Rafael Gonzaga

Estamos de volta pra contar pra vocês as curiosas – às vezes nem tanto – origens dos nomes dos 30 times da NBA. Dessa vez vamos falar dos times que disputam a Conferência Oeste. Ou seja, o lado emocionante da liga nos últimos anos. Vejamos se as histórias dos nomes também guardarão alguma emoção.

 

DALLAS MAVERICKS
dallas
Sim, meu amigos, começamos com tudo. Ou melhor, tudo igual. Mais um emocionante concurso decidiu o nome da franquia de Dallas. Uma rádio promoveu a eleição depois que a cidade ganhou a franquia em 1980. Três finalistas chegaram às mãos do proprietário Donald Carter: Mavericks, Wranglers e Express. Ele não teve dúvidas e premiou os 41 fãs que sugeriram Mavericks com pares de ingressos para o jogo de abertura. Uma destas fãs, Carla Springer, levou mais: ingressos para a temporada inteira. Segundo ela, o nome representa o “estilo independente, extravagante das pessoas de Dallas”. Será que por isso Mark Cuban resolveu comprar a franquia?

 

DENVER NUGGETS
denver
O Denver Nuggets antes chamava-se Rockets, quando eles disputavam a ABA. Em 1974, quando se preparavam para entrar na NBA, eles tiveram um pequeno problema: uma franquia lá de Houston – sim, essa mesma – já usava esse apelido e eles teriam que trocar de nome. A solução não poderia ser diferente: concurso neles! Nuggets, que significa pepitas, foi o nome vencedor por representar a corrida do ouro (Colorado Gold Rush) que marcou a história do Colorado durante os meados de 1850. Mas o mais legal mesmo de tudo isso é o sublime logo do antigo Denver Rockets! Dá uma olhada e vê se não impõe respeito em qualquer time. #noooot

 

GOLDEN STATE WARRIORS
warriors
Os atuais campeões da NBA já nasceram Warriors, mas não Golden State. Seu berço foi na Filadélfia. Quando a franquia foi criada em 1946, os donos decidiram dar o nome em homenagem a um antigo time de basquete de Phily chamado Warriors. Quando a franquia se mudou pra São Francisco, em 1962, decidiram manter o nome Warriors. Ao cruzarem a ponte e mudarem-se para Oakland, mais uma vez Warriors foi mantido. Mas ao invés de Oakland, optaram por batizar o time de Golden State para atrair torcedores de toda a Califórnia.

 

HOUSTON ROCKETS
rockets

Opa! Essa nem precisa falar, né? Rockets = foguetes. Foguetes = NASA.  NASA = Houston! Infelizmente, “Houston, we have a problem”. Na verdade, os Rockets nasceram em 1967, na cidade de San Diego. O nome foi escolhido em um concurso em alusão ao intenso desenvolvimento da indústria espacial que rolava na cidade na época, como a construção dos foguetes Atlas. E, em mais uma belíssima coincidência da NBA, em 71 o time mudou-se para Houston e o nome Rockets caiu como uma luva. Ou melhor, subiu como um foguete.

 

LOS ANGELES CLIPPERS
Los-Angeles-Clippers-Live-Wallpaper
A franquia nasceu no lado ocidental do Estado de NY com o nome de Buffalo Braves. Em 1978, o então dono do time fez uma troca que mudaria para sempre a história da franquia. Mas engana-se você que pensou em uma troca entre jogadores. Na verdade, o proprietário fez um acordo com o dono do Boston Celtics e eles trocaram… de franquias! Exatamente, meus amigos. Como se troca figurinhas, eles trocaram as propriedades dos times. E logo que chegou o novo dono levou o time todo para tomar sol na Califórnia, coisa que a liga nunca lhe permitira fazer com o Celtics. San Diego, que havia perdido os Rockets para Houston como falamos logo aí em cima, adorou a novidade. O novo proprietário também achou que Braves não combinava muito com o estilo do sul da Califa e decidiu – de maneira quase inédita – fazer um concurso. Eles escolheram Clippers, um tipo de navio veleiro bastante comum na baía de San Diego no século 19. Em 1984 o time se mudou pra Los Angeles, mas o apelido foi mantido.

 

LOS ANGELES LAKERS
laker
Senhoras e senhores, chegamos ao prêmio de nome mais non-sense da NBA. Você já ouviu falar nos famosos lagos de Los Angeles? Não? Que bom, porque eles são bem poucos… e nada famosos. A franquia nasceu na liga em 1947, na cidade de Minneapolis. Aí o nome Lakers fazia sentido. Há mais de 10.000 lagos por lá e a cidade o estado é conhecido como “The Land of 10.000 Lakes”, ou em bom português, “A Terra dos 10.000 Lagos”. Pois bem, o que não faz sentido é por que raios os donos não trocaram o nome quando o time mudou-se para Los Angeles. O única explicação parece ser superstição: o Minneapolis Lakers foi um time muito ganhador até o final da década de 50 e o dono quis manter a tradição. Ou ficou com preguiça de mais um concurso mesmo.

 

MEMPHIS GRIZZLIES
Memphis
Mais um nome de time que faz sentido só quando conhecemos a história da franquia. Os Grizzlies são um time recente, de 1995, que nasceram em Vancouver, no Canadá. O time originalmente deveria ser batizado de Mounties, mas a Royal Mounted Canadian Police, conhecidos como Mounties, e os próprios canadenses, foram bastante contrários a essa brilhante ‘ideota’. Um jornal local então promoveu um concurso – ainda bem, nesse caso – e Grizzlies foram o nome mais popular. Grizzly é um urso-cinzeto, bastante comum na América do Norte. Quando a franquia mudou-se pra Memphis em 2002 os donos até queriam mudar o nome do time, mas os fãs foram favoráveis ao ‘ursinho’. A FedEx – que detém o nameright do ginásio dos Grizzlies – preparou uma oferta de US$ 120 milhões para renomear o time para Express, mas a NBA não aceitou.

 

MINNESOTA TIMBERWOLVES
minnesota
Como acabamos de contar pra você, os Lakers saíram de Minneapolis em 1960. E levou “só” 30 anos pro estado de Minessota ganhar um time de novo. E claro que com um prazo tão apertado não deu tempo de pensar em boas opções e um concurso foi chamado às pressas. Dentre os muitos nomes, dois foram finalistas e Timberwolves superou Polars por 2×1 entre os representantes dos conselhos das cidades do estado. Eles consideraram que o lobo seria mais adequado ao estado, já que Minnesota possui a maior população deste animal dentre todos os chamados “lower states’ americanos (todos os estados, excluindo Alaska e Hawaii).

 

NEW ORLEANS PELICANS
NO
A confusão voltou. Bom, pra começar o time não era Pelicans. E nem de New Orleans. A franquia nasceu em Charlotte e seria batizada de Spirit. Mas os fãs não gostaram nem um pouco e associavam o nome ao ‘The PTL Club‘, um programa de TV evangélico que estava sendo investigado pelo jornal Charlotte Observer por fraude. Os proprietários então organizaram um concurso e o nome Hornets foi escolhido (já contamos). Na temporada 2002-03 a franquia mudou-se para New Orleans e manteve o Hornets. Em 2005, o time mudou de nome, mas ainda não estamos falando do Pelicans. Com os estragos causados pelo Furacão Katrina, a franquia hospedou-se temporariamente em Oklahoma, sendo nomeada durante 2 temporadas de New Orleans/Oklahoma City Hornets. Já de volta plenamente à New Orleans, em 2013, o proprietário do time decidiu batizar a franquia de Pelicans para representar melhor a comunidade, que em suas palavras: “O Pelicano faz isso. Nossa região vem sendo duramente atingida nos últimos anos e o que mais se destaca é a resistência e a determinação de dar a volta por cima, de lutar e vencer. O Pelicano simboliza isso”. Cuma???

 

OKLAHOMA CITY THUNDER
okc
Quando a tradicional franquia Seattle SuperSonics mudou-se pra Oklahoma City em 2008, o proprietário decidiu renomear o time para não ter mais uma franquia da NBA sem qualquer sentido com a região – foi mal, Lakers, já que o nome SuperSonics viera de um avião de transporte chamado de supersônico, que seria construído pela Boeing, na fábrica de Seattle. Os fãs então puderam votar nos que mais gostavam de uma lista com 64 nomes, com Renegades, Twisters, Barons, Winds, Marshalls, Energy, Bison e por aí vai. Thunder ganhou de lavada por representar as constantes tempestades que marcam o clima da região. No primeiro dia que o novo nome foi revelado, foi recorde de venda de ingressos.

 

PHOENIX SUNS
suns
A franquia foi montada em 1968 seguindo o manual de instruções à risca: concurso para a escolha do nome. Das quase 30.000 sugestões, o GM Jerry Colangelo, com apenas 28 anos na época, escolheu Suns dentre algumas opções no mínimo curiosas, como Scorpions, Thunderbirds, Dudes, Cactus Giants, entre outros. Phoenix está entre as cidades mais ensolaradas dos EUA.

 

PORTLAND TRAIL BLAZERS
portland
Quando Portland ganhou o direito de ter uma franquia na NBA em 1970, eles pensaram: como será que os outros times pensaram seus nomes? Assim, mais um concurso elegeu seu vencedor: Pioneers. Mas como um colégio local chamado Lewis & Clark College tinha esse mesmo apelido, resolveram batizar o time de outro nome popular no concurso (mais precisamente com 172 inscrições): Trail Blazers, que tem o mesmo significado de pioneiros, descobridores. O nome surgiu de uma prática de exploradores que marcavam com uma chama (‘blaze’) branca as árvores que já haviam passado, para que outros pudessem segui-los. O termo ‘trailblazing’ é hoje muito associado à vanguarda das descobertas na área de medicina, ciência e tecnologia. O nome é bastante original – é o único time esportivo a usar este apelido –, apesar de ter sido criado de um jeito bastante comum.

 

SACRAMENTO KINGS
kings
A linhagem real da franquia de Sacramento começou com Rochester Royals, em 1945. Em 57 a franquia mudou de reinado e foi pra Cincinnati, mantendo o nome Royals. Em 1972 o time, que mudou de reinado mais que a corte portuguesa, foi pra Kansas City. Lá resolveu que era hora de mudar de nome e – obviamente – fez um concurso. O nome vencedor mudou drasticamente o significado do time: Kings (#nooot). Os reis peregrinos, em 1985, desembarcaram em Sacramento e decidiram manter o nome Kings.

 

SAN ANTONIO SPURS
SAN_ANTONIO_SPURS_basketball_nba__35__1920x1080
A franquia nasceu como Dallas Chaparrals, que é uma espécie de papa-léguas da região. Quando os primeiros proprietários fundaram o time, eles estavam jantando em um lugar chamado Chaparral Club. Um deles notou uma imagem deste bichinho no guardanapo e todos concordaram que o pássaro seria um mascote bacaninha. Em 1973 um grupo de investidores de San Antonio comprou a franquia e a renomeou para San Antonio Gunslingers (Pistoleiros). O time não chegou a jogar nenhuma partida com o novo nome. Dizem que um concurso elegeu o novo nome, Spurs (que é o esporão, símbolo do time). Talvez porque os donos não estivessem tão seguros do nome ‘Pistoleiros’. Ou talvez porque um dos principais investidores do time, Red McCombs, nasceu em Spur, no Texas.

 

UTAH JAZZ
jazz-bkg
Não, você não está maluco. De fato o jazz não é o ritmo que marcou a história de Utah. A franquia nasceu sim em New Orleans, a capital mundial do jazz, em 1974. Inclusive o logo do New Orleans Jazz era roxo, dourado e verde, cores tema do Mardi Gras da cidade. Depois de fazer a pior campanha da NBA na temporada 78-79, os proprietários decidiram levar a franquia pra Salt Lake City. E apesar de nenhuma tradição de jazz em Utah, decidiram manter o nome. Corre à boca pequena que eles teriam dito: “se Los Angeles pode ser a terra dos lagos, por que Utah não pode ser a terra do jazz?”. Tá certo.

 

 


11 coisas que só quem viu NBA na BAND vai se lembrar
Comentários Comente

Marcos Jorge

A gente pode até achar isso impensável nos dias de hoje, mas houve uma época que era possível ver NBA na televisão aberta brasileira. É bom que se dê o crédito logo nas primeiras linhas desse post a Luciano do Valle, o responsável pelos bons e velhos tempos de NBA na BAND.

Conta Álvaro José que a coisa começou a ser feita na base do improviso, com o jogo sete das finais de 1988 narrados e comentados pelo telefone, na época que o canal ainda chamava NBA de Campeonato Norte-Americano de Basquete profissional. Ainda assim o sucesso foi tremendo e marcou uma geração. E se você é dessa geração, certamente se lembrará de algumas dessas coisas aqui:

1. Este boné do Charlotte Hornets

image

Vamos combinar, eles tinham um time honesto com Larry Johnson, Mugsy Bogues e Alonzo Mourning, mas o que justifica tanta gente ter bonés, camisas e demais parafernálias do time? Nem campeão da divisão eles foram! Na verdade, o sucesso foi mundial. No começo dos anos 90, os Hornets batiam Bulls, Lakers e quem quer que fosse em vendas de material esportivo.

 

2. As dez melhores jogadas do NBA Action. 

 

3. O telefone 011 14 06, uma espécie de linha direta para produtos chineses, e suas fantásticas facas Ginsu.

Ela serrava um cano de chumbo e cortava um tomate ao meio. Impressionante.

 

4. Todo o jogo 3 da final de 1993 entre Chicago Bulls e Phoenix Suns e suas três prorrogações. 

Um grande salve para todos esses internautas abnegados que sobem vídeos pré-históricos no Youtube.

 

5. Esse comercial da Olympikus com a quase-lenda Jeff Malone que era o que cabia no orçamento do marketing da empresa.

 

6. Todas as vinhetas da campanha I Love This Game, a maior de todos os tempos.

 

7. NBA Jaaaaaaammmmm

image

E a eterna frustração de não ter Michael Jordan jogando com Scottie Pippen nos Bulls.

 

8. Este comercial da Maioneggs

Aliás, certa vez eu fui sorteado numa promoção da Maioneggs. Foi a única coisa que eu ganhei na vida. É só por isso que este vídeo foi incluído no post.

 

9. NBA Superstars

Antes dos tempos do Youtube, essa era uma fita cassete pirata que eu tinha arrumado com o amigo do amigo do amigo do amigo que tinha dois videocassetes em casa e fez a cópia.

 

10. Essa chamada para os playioffs de 1993, na Band

 

11. Esse comercial do Barkley contra o Godzilla

Cabe aqui a menção honrosa do Manual Show do Esporte de Basquetebol, aquela fita de VHS que prometia ensinar técnicas do basquete usando modelos brancos em uniformes curtos e constrangedores. Caso alguém tenha alguma pista deste material histórico, favor entrar em contato nos comentários. Se você, leitor, se lembrar de algum outro elemento marcante dos tempos de NBA na BAND, manda aqui que a gente inclui na lista.


A origem dos nomes dos times da NBA – Conferência Leste
Comentários Comente

Rafael Gonzaga

Você já parou pra pensar por que um time de Los Angeles se chama Lakers? Ou então o que o Jazz está fazendo em Utah? Ou ‘WTF is Pacers?’ Pois é, o HBNSB vai contar pra você – resumidamente, é claro – um pouco da origem de cada um dos 30 nomes de times da NBA. No post de hoje os times da Conferência Leste.


ATLANTA HAWKS
Hawks-2
A franquia começou com o nome Blackhawks, que assim como o time de hóquei de Chicago, foi dado em alusão ao líder guerreiro dos índios nativos Sauk. O time originalmente começou representando as chamadas ‘Tri-Cities’ – Moline e Rock Island, em Illinois, e Davenport, em Iowa. Quando a franquia mudou para Milwaukee foi encurtada para Hawks, que se manteve nas mudanças seguintes para St. Louis e finalmente para Atlanta.


BOSTON CELTICS

iphone-boston-celtics-hd-images-basketball-720x450
Os moradores de Boston podem agradecer ao dono do time. Se não fosse por ele, o Celtics poderia se chamar Redemoinho (Whirlwinds), Olímpicos (Olympians) ou o melhor de todos, Unicórnio (Unicorns)! Pois é, estas eram os alternativas de Walter Brown para o nome da franquia mais vencedor da NBA, em 1946. E olha que na época ele foi desaconselhado a usar Celtics por seus RP’s, que diziam que um nome irlandês nunca ganhou m*&%$ nenhuma em Boston. Mas Brown apostou na tradição do nome, que fora vencedor nos anos 20 com o New York Celtics.


BROOKLYN NETS
nets
Tudo começou diferente para esta franquia, que foi uma das fundadoras da American Basketball Association (ABA). Nasceu New York Americans, mas a pressão do Knicks que jogava a NBA fez o time atravessar a ponte e virar New Jersey Americans. Uma temporada depois voltaram para o estado de NY (Long Island) e viraram New York Nets. Boa, fera, mas e por que Nets? São dois porquês, na real. O primeiro, e mais óbvio, é por causa da rede (‘net’) da cesta de basquete. E segundo porque o nome rima com os outros times esportivos de lá: New York Jets (futebol americano) e New York Mets (beisebol). Em 77 o time voltou pra New Jersey e em 2012 foi para Brooklyn.


CHARLOTTE HORNETS
charlotte
A história do nome Hornets é no mínimo uma grande confusão. Com a expansão dos times em 88 nasceu o Charlotte Hornets. O nome original escolhido na verdade era Charlotte Spirit, mas após votação popular foi batizado de Charlotte Hornets, referência ao apelido da cidade: “Vespeiro” (‘Hornet’s Nest’), originado de uma frase do General Cornwallis, que durante a Revolução Americana descrevera Charlotte como “um vespeiro de rebeliões”. Mas a franquia mudou de cidade e foi pra New Orleans, levando junto o apelido. A cidade não ficou muito tempo sem um time: em 2004-05 nasceu o Charlotte Bobcats, do dono Michael Jordan. O nome venceu um concurso entre os concorrentes Flight e Dragons. Bobcats se refere a um felino nativo do estado (Carolina do Norte), o lince-pardo. Em 2014 o New Orleans resolveu deixar de ser Hornets, virou Pelicans, o Charlotte abandonou o Bobcats e voltou a ser Hornets. Fácil, né? #noooot


CHICAGO BULLS

bulls
Como qualquer dono de um brinquedinho (caro) novo, Richard Klein estava tentando batizar seu novo time. A única coisa que ele queria era que o nome representasse o status de Chicago: a capital mundial da carne. Klein então resolveu consultar sua família sobre os nomes que tinha pensado: Toreadors e Matadors. Diz a lenda que nesse instante seu filho disse: “Dad, that’s a bunch of bull” (bull aqui como abreviação de bullshit). Ou, em um português leve, “Pai, são um bando de porcaria”. E não é que o pai gostou da sugestão e assim nasceu os Bulls.


CLEVELAND CAVALIERS
cavaliers
O nome também foi escolhido em uma votação, que rolou em um grande jornal local, o Cleveland Plain Dealer. Os concorrentes eram Jays, Foresters, Towers e Presidents. O último em alusão ao fato de que 7 ex-presidentes dos EUA até então eram nascidos em Ohio. O criador Jerry Tomko, pai de Brett Tomko, disse que “Cavaliers (cavaleiros) representam um grupo de homens destemidos, cujo pacto de vida é nunca se render, não importam as probabilidades de vitória”.


DETROIT PISTONS

Pistons
Ahhh, esse tá fácil. Detroit é a cidade dos automóveis. Pistons = pistões. Pistão – carro. Acertei? Não. Quer dizer, errou a origem, mas realmente é uma belíssima coincidência. Na verdade os Pistons nasceram em Fort Wayne, Indiana. O proprietário Fred Zollner batizou o time como Fort Wayne Zollner Pistons em sua própria homenagem e a sua fábrica de pistão. Em 1957 Zollner mudou o time para Detroit, tirou seu sobrenome da alcunha da franquia e o nome caiu como uma luva em Detroit, a chamada ‘Motor City’.


INDIANA PACERS

Pacers
Taí o nome mais difícil de explicar. Vamos lá: há 2 razões para o nome Pacers, que já nasceu com o Indiana. O primeiro é em função do envolvimento de Indiana com as ‘harness racing pacers‘. Em poucas palavras, é uma corrida de cavalo, geralmente com aqueles cestinhos tipo biga, em que os animais correm de um jeito, digamos, mais gracioso… no pace, as patas laterais correndo juntas; que é diferente do trote, em que as patas frontais ou traseiras correm juntas. A segunda razão diz respeito ao ‘pace car‘, que são os carros da 500 milhas de Indianápolis que dão a largada das corridas e funcionam como safety car em casos de acidentes.

 

MIAMI HEAT
2014-01-Miami-Heat-Logo-101
Ufa, ao menos um bem fácil de explicar. Um concurso em outubro de 1986 escolheu Heat (calor) entre mais de 20.000 inscrições, que incluiam Sharks, Tornadoes, Beaches, Barracudas, Floridians e Suntans. Imagina que legal seria se Suntans ganhasse? Os Miami Bronzeados? Duvido que LeBron teria saído… quem não quer jogar no time dos bronzeados?

 

MILWAUKEE BUCKS
bucks
Mais uma vez a intocável democracia americana prevaleceu. Entre mais de 10.000 inscrições, um concurso escolheu o nome do time de Wisconsin. E também prevaleceu a tradição de caça do estado: Bucks são os chamados cervos machos, muito caçados na região. Poderia ser pior: Skunks, que significa Gambás, estava entre as opções.

 

NEW YORK KNICKS
knicks
Os Knicks são um dos times que não ficaram nesse negócio de concursinho pra escolha do nome. Seu dono, Ned Irish, nomeou a franquia em 1946 de New York Knickerbockers. Por quê? Knickerbockers são aquelas famosas ‘calças de pular brejo’, como se diria em São Carlos. Os holandeses usavam muito esse tipo de calça e na época muitos deles se estabeleceram em NY, o que inspirou Irish a nomear seu time em homenagem a eles. Tempos depois o nome foi abreviado para Knicks. Então é isso, se você é um fã dos Knicks, você torce para os Calça Pula Brejo.

 

ORLANDO MAGIC
orlando-magic
Antes mesmo de Orlando ter um time, eles já fizeram um concurso para escolher um nome. Convencidos, né? Organizado pelo jornal Orlando Sentinel o nome mais votado foi Challengers, uma alusão ao ônibus espacial que explodiu em 1986. Mas dessa vez a palavra final era de um júri, formado pelo grupo proprietário do ‘talvez-futuro-time’, que escolheu Magic em homenagem à atração turística principal da cidade, a Disney World.

 

PHILADELPHIA 76ERS
76ers
O mais histórico dos nomes. A franquia nasceu em Syracuse, NY, com o nome de Syracuse Nationals. Em 1963, por problemas financeiros (a cidade era pequena demais para dar lucros) o time foi vendido e mudou-se para a Filadélfia. Foi rebatizado para 76ers em homenagem à Declaração da Independência dos Estados Unidos, assinada na Filadélfia em 1776. O escudo traz outra referência histórica: as treze estrelas representam as 13 colônias.


TORONTO RAPTORS

toronto
Sim, meus amigos. O nome do Toronto Raptors tem sim relação com o filme Jurassic Park. Inacreditável como parece, em 1994, quando Toronto ganhou o direito de ter uma franquia na NBA, uma grande votação tomou o Canadá para a escolha do nome. Dragons, Bobcats, Hogs, Beavers estavam na disputa. Mas o filme de Steven Spielberg, sucesso 1 ano antes da eleição, falou mais alto nos corações canadenses.


WASHINGTON WIZARDS
wizards
Quem diria que mesmo com a aceitação grande às armas de fogo na sociedade americana, um dono mudou o nome da franquia para se afastar dos metais que matam. Até o início dos anos 90, a capital americana tinha um time chamado Washington Bullets. Mas o dono, Abe Pollin, nunca gostou dessa associação do time às armas de fogo. Com o assassinato de seu amigo e primeiro-ministro de Israel, Yitzhak Rabin, Pollin resolveu mudar o nome do time. Como? Uma votação, é claro. Os fãs puderam escolher entre uma lista de finalistas, que contava, além do vencedor Wizards, com Dragons (mais uma vez), Express, Stallions e Sea Dogs.

 

Semana que vem a gente conta um pouco sobre os nomes da Conferência Oeste!


O maior buzzer beater de todos os tempos.
Comentários Comente

André Cavalieri

O famoso buzzer beater de Michael Jordan contra o Cleveland Cavaliers em 1989 talvez seja o maior da história. O que quero mostrar aqui, no entanto, eu prometo que você nunca tinha visto. Gravado por uma equipe de Chicago, este vídeo traz os minutos finais do jogo num ângulo novo, mas não só. O vídeo retrata a atuação do repórter e do câmera num dos momentos mais importantes da história dos Bulls. Há quem diga que, a partir deste lance, Jordan deixou de ser um grande jogador para se tornar um grande vencedor.

O mais legal aqui não é tanto a cesta, mas o que o vídeo traz dos bastidores daquele momento. Toda a tensão, toda a atmosfera do ginásio e principalmente o trabalho da equipe de reportagem. O que realmente chama a atenção é que exatos 25 segundos depois de acertar o arremesso mais importante da sua carreira até aquele momento, Jordan precisa interromper o que seria a maior celebração da sua vida para se recompor e dar uma entrevista em rede nacional.

(Eu recomendo assistir ao vídeo todo, mas se você não puder, pule para 1min50seg.)


Aposentado, jogador da NBA investe milhões em maconha medicinal
Comentários Comente

Marcos Jorge

Sabe jovens, tem uma coisa que sempre diverte a gente quando ficamos velhos: ver como os outros também estão velhos. Outro dia fui surpreendido por um vídeo viral deste senhor que mais parece o famoso personagem Uncle Drew do Kyrie Irving. Trata-se, na verdade, de Cuttino Mobley, um ala que entre os anos 90 e 2000 colocou fogo na NBA ao lado do também sumido Steve Francis (Steve Francis, onde você anda, rapaz? Um beijo pro Steve!), jogando pelo Houston Rockets.

Lembro que Cuttino Mobley ainda dava seus pulos na liga quando foi diagnosticado com o mesmo problema no coração que nos anos 90 matou Reggie Lewis de forma súbita durante um treino fora da temporada. Recém-contratado pelos Knicks, Mobley optou pela aposentadoria forçada. Afinal, ele já tinha feito um pé de meia de alguns milhões de dólares ao longo de uma década na NBA e não precisava mais colocar a vida em risco por basquete. Um sábio.

A partir daí as coisas ficam interessantes na sua vida de aposentado no pacato estado de Rhode Island. Um dos tratamentos para seu problema cardíaco envolvia remédios a base de maconha. Logo, Mobley se tornou uma espécie de ativista pelo uso medicinal da erva e percebeu que além de curar as pessoas aquilo poderia ser um ótimo negócio.

Antes de pensar que o ex-jogador iria tocar uma biqueira em alguma esquina decadente de Rhode Island, saiba que o estado é um dos pioneiros em permitir o uso da maconha para fins medicinais (e quem sabe também recreativos). Em 2011, Mobley pediu uma licença para abrir uma medical maryjuana dispensary, espécie de farmácia especializada em orientar pacientes e fornecer maconha para usos medicinais.

Consta no Providence Journal que, em 2014, o número de pacientes já era o dobro do esperado, e com o sucesso Mobley já estava abrindo sua segunda “farmácia”. A sofisticada Summit Medical Compassion Center oferece produtos interessantes em seu menu, como a Chocoloco, Deadhead OG, Shark Shock, entre outras variedades. O ex-jogador também é proprietário de outros estabelecimentos semelhantes no estado vizinho, Maine, e investe pesado neste tipo de “business”:

The sole financier of Summit is Cuttino Mobley, the former University of Rhode Island and NBA basketball star, who made tens of millions of dollars during his 11-year career as an NBA player.

Mobley is providing the dispensary with a $3.5-million line of credit with an annual interest rate of 6 percent that will not commence until the second year of Summit’s operation. He also will kick in $500,000 that will not be repaid.

According to Summit’s proposal, $2.8 million of the credit line will be used to build out the compassion and cultivation centers.

In terms of square footage and projections, Summit, with 16,945 square feet for its compassion and cultivation centers, will be the largest of the state’s medical marijuana dispensaries. Under state law, only three dispensaries are permitted in Rhode Island.

[Alerta de piada infame!] Ao longo de sua carreira, Mobley foi um pontuador eficaz, ostentando uma respeitável média de 16 pontos por jogo. Aposentado, mostrou que também sabe passar a bola.


Momento constrangedor em coletiva dos Lakers
Comentários Comente

Rafael Gonzaga

Na quarta-feira, os Los Angeles Lakers apresentaram suas 3 grandes contratações para a temporada: o pivô Roy Hibbert, que veio do Indiana Pacers; o ala-armador Lou Willians, eleito melhor 6º homem no Toronto Raptors; e Brandon Bass, pivô que era reserva no Boston Celtics.

Os três veteranos chegam sob desconfiança, já que a franquia de Los Angeles continua com um astro orfão e aparentemente descontente com a falta de grandes jogadores a seu lado. E o momento mais constrangedor da entrevista foi exatamente quando o repórter perguntou a eles sobre o que o astro Kobe Bryant teria conversado com eles:

“O que vocês ouviram de Kobe Bryant e se ouviram, o que ele disse?”.

Pode-se ouvir os grilos. E só.

 


Em 1983, Jordan ganhava o último ouro dos EUA no Pan em cima do Brasil
Comentários Comente

Marcos Jorge

Foi no Pan de 1983 que Michael Jordan tirou seu cartão de visitas e se apresentou à seleção brasileira pela primeira vez. Na realidade, aos 20 anos de idade, essa era a primeira vez que ele jogava um jogo oficial internacional.

Não é que Jordan fosse um zé ninguém do basquete. Naquela época eram os universitários que representavam os EUA na modalidade e MJ estava no meio de sua passagem pela universidade de North Carolina. Em 82, seu primeiro ano na faculdade, tinha sido campeão nacional. Em 1983, ano do Pan, foi escolhido para a seleção universitária dos EUA. Um ano depois seria eleito o melhor jogador dos EUA para em seguida fazer o salto para a NBA.

O Brasil de certa forma era o time a ser batido: mais experiente, com atletas na casa dos 26, 27 anos e vindo de um título sul-americano. A seleção dos EUA, apesar de Jordan e outros futuros nomes da NBA, como Mark Price, Sam Perkins, Chris Mullin e Wayman Tisdale, tinha entre 19 e 22 anos de idade e nenhuma bagagem internacional.

Mas no Brasil, a gente sabe, ninguém dá muita bola para o que acontece no basquete universitário dos EUA. Imagina então no começo dos anos 80, sem internet ou TV a cabo. Jordan pegou muita gente de surpresa na seleção. Em Caracas, a defesa zona do Brasil não permitiu aquelas jogadas plásticas que nós nos acostumamos a ver pelo Chicago Bulls ao longo da década seguinte, mas pelo vídeo dá pra ver que ali tem algo especial.

Jogando com a camisa 5, Jordan terminou a competição como cestinha do time com 17,3 pontos por partida, numa campanha invicta (8-0). Na segunda partida contra o Brasil, valendo a medalha de ouro, Jordan anotou 14 dos seus 16 pontos no segundo tempo e garantiu o título para os EUA. A última medalha de ouro da seleção masculina norte-americana em Panamericanos, diga-se.


Contrato com Warner abre caminho para “Space Jam” com LeBron James
Comentários Comente

Giuliano Galli

space_jamHá muitos e muitos anos o mundo do entretenimento especula sobre uma possível sequência de “Space Jam”, clássico filme da Warner que traz Pernalonga e a turma do Looney Tunes para bater uma bola com ninguém mais ninguém menos do que Michael Jordan.

O filme, lançado em 1996, traz, além de Jordan, nomes como Larry Bird, Charles Barkley, Shawn Bradley, Patrick Ewing, entre outros. Sucesso de bilheteria, arrecadou mais de 90 milhões de dólares nos EUA e outros 230 milhões internacionalmente.

De 1996 pra cá, Kobe Bryant já foi apontado como possível protagonista de um eventual “Space Jam 2”, atuando no lugar de Jordan, mas a ideia nunca saiu da imaginação dos fãs de basquete e animação.

Mas, já há alguns anos, por razões óbvias, LeBron James assumiu o papel de principal candidato a estrelar uma segunda edição do filme, e o próprio camisa 23 do Cleveland Cavaliers já deu declarações se mostrando muito simpático à ideia.

Pois esse verdadeiro sonho nunca esteve tão perto de se tornar realidade, agora que LeBron James assinou um contrato com a Warner Bros. – empresa responsável pela produção de “Space Jam”.

Oficialmente, o contrato de LeBron com a Warner é para projetos de cinema e de TV, sem nenhuma outra especificação, muito menos qualquer citação a “Space Jam”.

Naturalmente, o anúncio oficial do contrato já seria suficiente para reavivar os rumores de uma sequência do filme. Mas, como se não bastasse, agora veio a informação de que, no mês passado, a Warner renovou todos os registros da marca “Space Jam”, válidos tanto para a produção de uma sequência do filme, como para os inúmeros produtos licenciados.

Pode ser tudo uma grande coincidência, claro. Mas parece que desta vez o tão aguardado segundo duelo entre Monstars e TuneSquad realmente vai acontecer. Vai treinando LeBron! Esses caras são casca grossa!

De um lado o Monstars, time de monstros que roubam as habilidades de grandes jogadores da NBA; do outro, o TuneSquad, formado por Pernalonga e a turma do Looney Tunes e o reforço de Michael Jordan

De um lado o Monstars, time de monstros que roubam as habilidades de grandes jogadores da NBA; do outro, o TuneSquad, formado por Pernalonga e a turma do Looney Tunes e o reforço de Michael Jordan


Blogueiro da NBA sugere Marcelinho Huertas nos 76ers
Comentários Comente

Marcos Jorge

null
A gente nesse blog gosta do Marcelinho Huertas. Pessoalmente, acho que ele é o maior armador do Brasil. E é por gostar dele que fiquei confuso quando li um blogueiro do site da NBA sugerindo que o Philadelphia 76ers contratasse o brasileiro pra próxima temporada.

Já foi dito aqui pelo colega de casa Giancarlo Giampietro e lá fora por Adrian Wojnarovski que o armador quer saber do que se trata essa tal de NBA.

Mas, sei lá, talvez o time da Filadélfia não seja o que ele esteja procurando. Não é que o cara precise chegar já num time de ponta disputando o título, mas 76ers também é sacanagem, né. Nos últimos dez anos o time teve, o que, uma temporada com mais vitórias que derrotas. Dez anos!

O blogueiro Sekou Smith tem um bom argumento e apresenta com clareza a falta de opção da franquia na posição de armador. Para ele, as opções no mercado de free agents são poucas e o time têm pivôs que precisam receber a bola na mão e bem posicionados.

Ao mesmo tempo, o blogueiro também sabe muito bem que jogar numa equipe que deve colecionar umas 25 vitórias no ano não é lá muito convidativo para um atleta consolidado na Europa. Os 76ers, por outro lado, podem oferecer a Marcelinho tempo em quadra e, claro, dólares.

One out-of-the-box option: Marcelo Huertas, a 32-year-old Brazilian point guard whose strength is running the pick-and-roll and who is reportedly looking to make the move to the NBA. While the idea of playing for a team that’s not ready to win more than 25 games may not appeal to Huertas, the Sixers can offer him both more money and more playing time than every other team out there. A short-term deal would make sense for both parties.

And Huertas would give the Sixers an upgrade at the position where they need one most.


Comentários Comente

Marcos Jorge

Como nós somos novos por aqui, acho importante falar um pouco sobre o que  gostamos. Bom, em primeiro lugar, basquete. Em segundo lugar, Michael Jordan. Em terceiro e quarto lugar também. A partir daí rola alguma divergência entre os colaboradores então por hora vamos ficar apenas no camisa 23 mesmo.

Pode ter certeza que você vai ver muito esse uniforme vermelhinho por aqui. E pra já ir acostumando o leitor, acho legal lembrar uma jogada icônico do “hómi”. Aquela que ele sai lá da linha de três pontos para emendar o rebote de um lance livre com uma enterrada de respeito. Lembrou?

Pois saiba que Jordan executou essa jogada mais de uma vez na carreira. Neste vídeo estão seis delas: