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Kobe sobre Huertas: “Extremamente inteligente”
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Ontem, Marcelinho Huertas jogou benzaço. Não à toa, veio o reconhecimento de Kobe Bryant. Ainda no começo do jogo, faltando 10 minutos para acabar o primeiro tempo, já rolou a carinha de “estou impressionado, mas ainda cético.” Aos 7 minutos do mesmo quarto, no entanto, Black Mamba se rendeu: apontou o dedinho e mandou um “you are the man.” Depois da partida, Kobe elogiou o armador publicamente: “Ele é extremamente inteligente.”
p.s.: ficamos emocionados ao ver Leandrinho, Varejão e Huertas em quadra ao mesmo tempo. O Brasil vai te pegar, NBA!

Ontem, Marcelinho Huertas jogou benzaço. Não à toa, veio o reconhecimento de Kobe Bryant. Ainda no começo do jogo, faltando 10 minutos para acabar o primeiro tempo, já rolou a carinha de “estou impressionado, mas ainda cético.” Aos 7 minutos do mesmo quarto, no entanto, Black Mamba se rendeu: apontou o dedinho e mandou um “you are the man.” Depois da partida, Kobe elogiou o armador publicamente: “Ele é extremamente inteligente.”p.s.: ficamos emocionados ao ver Leandrinho, Varejão e Huertas em quadra ao mesmo tempo. O Brasil vai te pegar, NBA!

Publicado por Homens Brancos não Sabem Blogar em Segunda, 7 de março de 2016


Bynum versus Shaq, quem leva a melhor?
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Hoje em dia é difícil acreditar, mas Andrew Bynum já foi um bom jogador. Sua saúde nunca foi o forte, mas por pelo menos cinco temporadas Bynum foi muito útil ao Los Angeles Lakers.
Hoje em dia, apesar de ter apenas 28 anos, os joelhos de Bynum não permitem que o atleta continue jogando basquete e a bem da verdade é que os times pelos quais ele passou depois de sair do Lakers sofreram com sua presença (este assunto já até virou post por aqui: http://tmblr.co/ZhVF3y1CgqmTR).
Seja como for, quando ele ainda jogava, Bynum teve um encontro interessante com Shaquille O’Neal e não mostrou muito respeito pelo tetra-campeão: levou um put-back na cabeça (‪#‎barbecuechicken‬), mas se vingou no ataque seguinte e ainda saiu peitando o grandalhão.

Hoje em dia é difícil acreditar, mas Andrew Bynum já foi um bom jogador. Sua saúde nunca foi o forte, mas por pelo menos cinco temporadas Bynum foi muito útil ao Los Angeles Lakers.Hoje em dia, apesar de ter apenas 28 anos, os joelhos de Bynum não permitem que o atleta continue jogando basquete e a bem da verdade é que os times pelos quais ele passou depois de sair do Lakers sofreram com sua presença (este assunto já até virou post por aqui: http://tmblr.co/ZhVF3y1CgqmTR).Seja como for, quando ele ainda jogava, Bynum teve um encontro interessante com Shaquille O’Neal e não mostrou muito respeito pelo tetra-campeão: levou um put-back na cabeça (#barbecuechicken), mas se vingou no ataque seguinte e ainda saiu peitando o grandalhão.

Publicado por Homens Brancos não Sabem Blogar em Terça, 23 de fevereiro de 2016


“Pelo amor ao Jogo”, parte 24
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“Uma coisa que eu poderia ensinar aos jogadores mais novos é para que aproveitem o momento e sejam cuidadosos para não se isolarem numa caixa que outras pessoas construíram para eles. O sucesso vai fazer as expectativas aumentarem, mas isso é uma evolução natural na nossa sociedade. Você tem que entender quem você é para poder crescer como uma pessoa e um jogador. Olhe para o Kobe Bryant. Ele ainda nem sabe qual é o tipo de jogo dele. Como ele poderia? Ele foi do ensino médio direto pra um ambiente no qual ou ele nada, ou ele afunda. Ele precisa criar sua personalidade para poder se tornar um grande jogador. Ele até pode tentar descobrir seu jogo copiando o estilo de outros jogadores durante algum tempo, mas – mais cedo ou mais tarde – ele terá que encontrar o seu próprio jogo. Esta é a única maneira dele se tornar um grande jogador.

Muitos jogadores nunca entendem quem eles são. Eles acham que sabem. Eles acham que indo para boates, ou saindo com uma garota diferente toda noite é a resposta. Se é isto que você acha que te faz realmente feliz, você está ferrado, porque isto é passageiro. O que resta pra você se essas coisas são as únicas que você se preocupa? Relaxa. Aproveite a vida. Pegue leve. Não faça da vida algo difícil. Esses caras precisam aprender a viver o momento. Deixar as coisas acontecerem. Se você não curte o processo de se tornar um atleta bem-sucedido, então não há beleza na conquista. Aproveite o dia. Haverá outro amanhã.” (Michael Jordan)

jordan24


“Pelo amor ao Jogo”, parte 8
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Gustavo Battaglia

“Eu havia ganhado como cestinha algumas vezes e havia ganhado o troféu de MVP, mas a única maneira de ser do nível de Magic Johnson-Larry Bird era ganhando campeonatos. Foi por isso que nosso primeiro campeonato foi um pouco mais doce. Magic era considerado o cara que fazia todos ao redor dele jogarem melhor. Eu não era reconhecido como o cara que fazia todos melhores, e eu sabia que eu não seria até que ganhasse um título. Eu não queria que Magic se aposentasse antes de eu ganhar um título. Da mesma forma que Patrick Ewing, Charles Barkley, Karl Malone e John Stockton não queriam que eu me aposentasse antes que eles ganhassem um. Eles queriam passar por mim, da mesma maneira que eu queria passar pelo Magic. Ganhar do Magic deu credibilidade àquele primeiro título. Olhe para o Houston. O Rockets ganhou dois títulos seguidos e eles ainda têm que escutar pessoas falando se eles teriam ganhado ou não alguma coisa se eu estivesse jogando. Não é justo, mas é como é. E não era diferente para mim. É por isso que era tão importante ganhar do Magic e do Lakers no nosso primeiro campeonato. Ao ganharmos deles, não havia nada que alguém pudesse dizer. Se os dois tivessem se aposentado antes de nós termos começado a ganhar campeonatos eu tenho certeza que haveria falatório sobre eu não ter conseguido vencer o Magic e o Larry em seus auges. Talvez não depois que ganhamos seis títulos, mas naquela época? Sim.” (Michael Jordan)

[“Pelo amor ao Jogo”, parte 8]”Eu havia ganhado como cestinha algumas vezes e havia ganhado o troféu de MVP, mas a única maneira de ser do nível de Magic Johnson-Larry Bird era ganhando campeonatos. Foi por isso que nosso primeiro campeonato foi um pouco mais doce. Magic era considerado o cara que fazia todos ao redor dele jogarem melhor. Eu não era reconhecido como o cara que fazia todos melhores, e eu sabia que eu não seria até que ganhasse um título. Eu não queria que Magic se aposentasse antes de eu ganhar um título. Da mesma forma que Patrick Ewing, Charles Barkley, Karl Malone e John Stockton não queriam que eu me aposentasse antes que eles ganhassem um. Eles queriam passar por mim, da mesma maneira que eu queria passar pelo Magic. Ganhar do Magic deu credibilidade àquele primeiro título. Olhe para o Houston. O Rockets ganhou dois títulos seguidos e eles ainda têm que escutar pessoas falando se eles teriam ganhado ou não alguma coisa se eu estivesse jogando. Não é justo, mas é como é. E não era diferente para mim. É por isso que era tão importante ganhar do Magic e do Lakers no nosso primeiro campeonato. Ao ganharmos deles, não havia nada que alguém pudesse dizer. Se os dois tivessem se aposentado antes de nós termos começado a ganhar campeonatos eu tenho certeza que haveria falatório sobre eu não ter conseguido vencer o Magic e o Larry em seus auges. Talvez não depois que ganhamos seis títulos, mas naquela época? Sim.” (Michael Jordan)#PeloAmorAoJogo

Publicado por Homens Brancos não Sabem Blogar em Domingo, 24 de janeiro de 2016


A estreia de Magic Johnson na NBA
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O primeiro jogo da temporada de 1979-80 também foi o primeiro da carreira de Magic Johnson. Ironia do destino: a partida calhou de ser justamente contra o Los Angeles Clippers. O então moleque de vinte anos já estava ansioso até a tampa antes mesmo do jogo começar, o que aconteceu depois, contudo, foi o que fez ele estourar: a partida foi decidida por um buzzer-beater de Kareem Abdul-Jabbar, que venceu o jogo para os Lakers.

Magic Johnson correu até o companheiro de equipe e o abraçou. Ele pulava, sorria, comemorava e esganava Kareem com seu abraço como se aquele tivesse sido o jogo sete das finais da NBA. Jabbar mais tarde foi falar com o menino: “Garoto, não faça isso de novo.”

O primeiro jogo da temporada de 1979-80 também foi o primeiro da carreira de Magic Johnson. Ironia do destino: a partida calhou de ser justamente contra o Los Angeles Clippers. O então moleque de vinte anos já estava ansioso até a tampa antes mesmo do jogo começar, o que aconteceu depois, contudo, foi o que fez ele estourar: a partida foi decidida por um buzzer-beater de Kareem Abdul-Jabbar, que venceu o jogo para os Lakers.Magic Johnson correu até o companheiro de equipe e o abraçou. Ele pulava, sorria, comemorava e esganava Kareem com seu abraço como se aquele tivesse sido o jogo sete das finais da NBA. Jabbar mais tarde foi falar com o menino: “Garoto, não faça isso de novo.”

Publicado por Homens Brancos não Sabem Blogar em Segunda, 18 de janeiro de 2016


Um pouco da história de um dos maiores vencedores da NBA: Robert Horry
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“Aqui estão algumas coisas que eu acredito: Brent Barry é um dos jogadores mais inteligentes que eu já joguei na NBA. Rudy Tomjanovich é o melhor treinador que eu já tive, não Phil Jackson, nem Gregg Popovich. Kobe Bryant foi o jogador mais dedicado que eu já vi. O ‘triângulo’ é um nome chique pras mesmas jogadas que 50% dos times da NBA fazem. Dennis Rodman foi um gênio. Basquete é uma indústria cruel. Vencedores não ficam calados.

Você pode discordar comigo em todos os meus pontos, mas a realidade é que eu vejo o jogo de uma forma diferente do que a maioria dos fãs da NBA. De fato, eu vejo o jogo de forma diferente da maioria dos técnicos da NBA. Mas eu tenho sete títulos da liga, então me escute por um segundo e você talvez aprenda alguma coisa diferente dos clichês que você escuta na TV.

As pessoas sempre me perguntam, ‘Cara, como você meteu todas aquelas bolas? Que frieza.’

Eu não nasci assim. De fato, eu talvez tenha sido um dos únicos jogadores da história da NBA que foi trocado porque não chutava a bola o suficiente. Quando eu fui draftado pelo Houston Rockets em 92, eu estava nas nuvens. Eu iria jogar com o meu ídolo Hakeem Olajuwon. The Dream! Eu não poderia estar mais animado. No primeiro treino, todas as vezes que eu recebia a bola, Hakeem a pedia. O que VOCÊ faria? O cara é uma lenda viva. Imparável no post. Eu passava a bola pra ele, é claro. E eu continuei passando pra ele pelo resto da temporada. Naquele primeiro ano, eu estava feliz só de estar lá. Na temporada seguinte, nós começamos 15-0. Nós empatamos o recorde de vitórias consecutivas com uma vitória sobre o Knicks no Madison Square Garden, a mecca do basquete. A cidade inteira estava tão puta que eles fizeram algo que eu nunca tinha visto na minha carreira. Os funcionários do aeroporto fizeram a gente esperar duas horas no portão – nenhum anúncio, nenhuma atualização, nada. Eles fizeram a gente esperar no aeroporto porque a gente ganhou do Knicks. A gente só conseguiu chegar em Atlanta às cinco da manhã e o Hawks ganhou da gente aquela noite por 25 pontos de diferença.

Depois disso, a gente continuou indo muito bem. Nós não perdemos nossa segunda partida até dois dias antes do Natal contra o Nuggets. Nós estávamos com 22 vitórias e duas derrotas. Eu fui pra nossa festa de natal aquela noite e o Hakeem estava andando sozinho. Ele anda até mim e sinaliza para que eu o siga até a varanda. Nós vamos até a varanda, estava frio, ele me olha e diz, ‘Você se importa se nós ganhamos ou perdemos?’ Eu olho pra ele e digo, ‘Mano, você talvez não entenda isso, mas eu me importo mais do que qualquer outro nesse time. Eu odeio perder.’

horry olajuwon

Robert Horry e The Dream em ação

‘Você não demonstra isso, Robert.’ – Este foi um dos momentos mais importantes da minha carreira. Meu ídolo estava me cobrando. Eu poderia ter abaixado a cabeça, mas eu decidi que não. ‘Bem,’ eu disse. ‘Você também não mostra muito suas emoções.’ Dois homens adultos na varanda falando sobre suas emoções. Eu nunca me esquecerei dele rindo: ‘Bom ponto,’ ele disse. ‘Vamos voltar pra dentro.’

Daquele dia em dia em diante, nós nos tornamos grandes amigos. Ele era o tipo de cara que te desafiava mesmo quando você estava no primeiro lugar. Esse é o tipo de coisa que muitos fãs não entendem. Quando um time vence um campeonato, todos imaginam que tudo foi perfeito – que todos os jogadores são amigos e que o técnico é um gênio. A realidade é sempre mais complicada.

Um mês depois daquela festa de natal, eu recebo um telefonema do meu agente dizendo que eu havia sido trocado para o Detroit pelo Sean Elliot. A explicação foi de que o Houston precisava de mais pontos. Estávamos no meio de fevereiro, nevando, frio pra cacete. Eu desci do avião e eu nunca estive tão deprimido na minha vida quanto nos dias seguintes. Matt Bullard estava envolvido naquela troca também, e eu lembro que nós estávamos prontos para começar a jogar quando alguém do Pistons nos disse que o Sean Elliot ainda não havia passado pelos testes físicos do Houston e que nós devíamos esperar como precaução. No dia seguinte, meu agente me ligou e disse, ‘Eles acharam um problema nos rins de Sean. A troca foi cancelada. Você está voltando pra Houston.’

Eu e o Matt fomos pro aeroporto tão rápido que quando a gente chegou no aeroporto a gente fez um rolamento ninja pra fora do carro e já caiu no avião. É capaz do carro estar até hoje rodando pelo centro-oeste. Depois daquele dia, minha mentalidade era, ‘Foda-se, eu vou chutar. Eu vou jogar o meu jogo.’ Nós ganhamos o título aquele ano. E ganhamos de novo no ano seguinte. As pessoas me conhecem como ‘Big Shot Bob’, mas a realidade é que – não fosse por uma emergência médica – eu poderia ter sido conhecido como o cara deprimido de Detroit. Na estrada desse jogo, os caminhos são sinuosos e as bifurcações são muitas.

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Houston Rockets campeão da temporada 94-95

Eu darei outro exemplo. Quando eu fui trocado para o Lakers em 97, Kobe Bryant era apenas um rookie. O cara não conseguia chutar bolas de três. Todo dia após o treino a gente fazia competição de bolas de três. Éramos eu, Kobe, Brian Shaw, Mitch Richmond e Kurt Rambis. O Kobe perdia toda vez. No treino do dia seguinte, é claro, Kobe já estava lá chutando bolas de três. Ao final do treino, ele dizia, ‘Vamos brincar! Eu estou pronto pra vocês.’ E nós ganhávamos de novo. Ele não parava nunca. Era incrível. Ele treinou até que um dia, meses depois, ele finalmente venceu. Se você dissesse, ‘Kobe, eu aposto que você não consegue fazer cinco seguidas com o pé do meio da quadra,’ o filho da puta ia lá e treinava todo dia até conseguir fazer isso. E é isso o que as pessoas não entendem quando elas falam de campeões – quando eles falam sobre a mentalidade do campeão. A dedicação do Kobe ao jogo é surreal. O denominador comum em todo time campeão é a mentalidade que o Kobe tem, e a mentalidade que o Hakeem teve comigo naquela festa de natal. Você tem que ser tão obcecado em vencer que você não descansa, nem mesmo quando você está em primeiro. Nem mesmo quando você já ganhou uma vez.

Kobe Bryant e Robert Horry

Kobe Bryant e Robert Horry

Todas as vezes que eu escuto as pessoas reclamarem que o Kobe grita com seus companheiros de time nos treinos, ou quando elas questionam se LeBron é melhor amigo do resto da equipe, eu viro os olhos. Você sabe quantas conversas eu tive com o Phil Jackson fora da quadra durante todo o meu tempo com o Lakers? Uma. Eu estava sentado no vestiário e ele estava sentado numa mesa na minha frente. ‘O que aconteceu com você e o Danny Ainge em Phoenix?’ ele perguntou. ‘Eu não gostava dele, então eu explodi e joguei uma toalha nele. Eu não lidei com a situação do jeito certo.’ eu disse. ‘Ok.’ ele respondeu. E foi isso. Nós ganhamos três títulos juntos. Vai saber.

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Robert Horry e Phil Jackson nos anos de Lakers

O oposto disso foi a minha relação com o Rudy T. Ele entendia que, mesmo que ele fosse o técnico, nós conseguíamos ver coisas que ele não conseguia ali do banco. Nós podíamos ouvir e sentir coisas dentro da quadra que ele não podia. A primeira coisa que o ‘T’ dizia era, “O que está acontecendo lá fora?” Ele nos perguntava as jogadas que a gente queria fazer para sentir o que a gente estava confortável em fazer. Se nós fazíamos uma jogada e ela funcionava, ‘T’ falava para nós a fazermos de novo. O Phil nem tanto. A mesma coisa com o Pop. Os dois são grandes do seu próprio jeito, mas baseado na minha experiência pessoal, o ‘T’ foi o maior técnico da NBA. Eu sei que ele não tem nem de perto a mesma quantidade de títulos, mas às vezes a gente dá crédito demais às pessoas por conta de títulos.

Com o Phil, a habilidade dele de treinar o Michael Jordan e a maneira que ele conseguiu liderar aqueles times do Bulls são o motivo pelo qual os jogadores o respeitavam tanto. Os título do Phil em Chicago se traduziram em títulos em Los Angeles. Os seus seis anéis foram o que fizeram Shaq treinar tanto e se tornar um dos jogadores mais dominantes na história da liga. No entanto, mesmo sendo tão dominantes quando fomos naqueles três anos, eu sinto que nós poderíamos ter feito mais, não fosse pelos egos e pela complacência. Honestamente, eu saí do Lakers odiando aquele time. Eles me trataram mal. Eu me lembro de ir na reunião depois do título de 2002 e aquele era o ano que eu podia optar por sair do meu contrato. Eu entrei na reunião e todos me abraçaram e me elogiaram.

Eu disse, ‘Eu sei que eu tô ganhando muito dinheiro e que você tão de pau duro pelo Karl Malone.’ Eles queriam o Malone há cinco anos, desde que o Phil tinha chegado lá. Eu sou um cara realista. Me fale a verdade e eu irei te respeitar, só não faça as coisas pelas minhas costas. Eu disse a eles que eu ficaria por 2 milhões, mas eles não estavam interessados. Então eu pedi para que eles me permitissem achar um time antes que o dinheiro acabasse e então para que eles não esperassem até o último dia de trocas para me liberar do meu contrato. Eles disseram, ‘Nós nunca faríamos isso com você.’ Bem, eles não fizeram mesmo. Eles esperaram até o dia seguinte ao último para me liberar. É a isso que os atletas se referem quando eles dizem que o basquete são só negócios. Porra, é verdade, a gente faz uma tonelada de dinheiro pra jogar um jogo bobo de criança. Mas mesmo se você for o herói, mesmo se você mete um dos maiores chutes da história da franquia e vence múltiplos títulos, você pode ser despejado no dia seguinte.

Mais uma vez, este poderia ter sido o fechamento das cortinas pra mim. Por sorte, eu acabei indo pro Spurs e o resto é história. Meu primeiro jogo de volta em Los Angeles contra o Lakers, eles fizeram uma cerimônia antes do jogo para me presentear com uma camisa especial. Todos estavam sorrindo. Fizeram essa cerimônia pra mim e eu tive que parecer feliz. E eu estava feliz pelos fãs, e pelo o que nós alcançamos. Mas se você entende algo sobre mim, entenda isso: eu sou um cara que está constantemente atrás de motivação. É assim que você põe gelo na suas veias. Então eu me lembro de olhar para o pessoal da administração do Lakers e pensar. ‘Cara, o que é de vocês está guardado. Eu vou quebrar o coração de todos vocês.’

Na verdade, eu tive cinco títulos da NBA graças ao Lakers. Três por jogar com o time, e dois por eles terem me mandado embora.” (Robert Horry para a The Players’ Tribune)

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Robert Horry têm SETE anéis de campeão da NBA.

 


“No Centro do Jogo” – parte X
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Finalmente chegamos ao nosso último post da série dos melhores pivôs da história do basquete. Deixamos por último, claro, o melhor.

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O menino nasceu para ser grande. O menino, aliás, nasceu grande: 5.73kg e 57cm. Ele cresceu no Harlem, centro da cultura negra norte-americana, e lugar da Smalls Paradise, balada de Wilt Chamberlain. Filho de um pai policial e músico, Alcindor tinha 2.03m com 15 anos e logo se destacou no basquete.

Durante o Ensino médio, ganhou 95 jogos e perdeu 6. Nesse período, chegou a ter uma sequência de vitórias de 71 jogos seguidos e venceu o campeonato municipal em todos os anos em que jogou. Ganhou também o título nacional em 1964. Este talvez seja o melhor time de Ensino Médio da história.

Com 18 anos, já havia ultrapassado os 2.15m e, de 1966 a 1969, jogando pela UCLA, levou o time a 88 vitórias e duas derrotas. Foi, claro, campeão nesses três anos. Era quase uma covardia. A Universidade pela qual ele jogava era muito boa antes mesmo dele entrar pro time. O primeiro jogo da sua carreira, aliás, foi um teste pra ver quão bom ele era. A Universidade resolveu organizar uma partida entre o time oficial (que havia acabado de ganhar duas vezes seguidas o campeonato nacional) e o time de calouros. Os calouros ganharam o jogo por 15 pontos de diferença muito por conta do rapaz que anotou 31 pontos, 21 rebotes e 8 tocos.

Ele era tão dominante, que a NCAA se viu obrigada a proibir a enterrada no campeonato. Simplesmente baniram a enterrada por conta dele. Sem poder enterrar, ele teve que achar uma outra forma de fazer cesta. A organização do campeonato não sabia, mas aquela proibição foi a grande responsável pelo nascimento de uma das armas mais temidas do basquete: o gancho. As enterradas voltaram a ser admitidas na NCAA somente em 1976.

Em 1968, ele participou do ‘Jogo do Século’. Não estou falando de uma gravação vintage do Space Jam, estou falando do primeiro jogo de temporada regular da NCAA a ser transmitido em rede nacional. Esta foi a popularização do esporte universitário, a sementinha que gerou o March Madness. O jogo foi entre UCLA Bruins e Houston Cougars e, acredite se quiser, o cara perdeu. Foi uma decepção, claro, mas ele tava jogando com um problema na córnea devido a uma disputa de rebote no jogo anterior. A revanche veio no final da mesma temporada: campeões do universitário contra o próprio Houston. Desta vez, vitória fácil: 101×69 e nosso pivô saudável. Em seu último ano como universitário, pela primeira vez na história, houve a eleição do “Naismith College Player of The Year” e ele ganhou.

Ele foi draftado pelo Milwaukee Bucks em 1969. A essa altura, Bill Russell já tinha se aposentado e Chamberlain ainda estava bem, mas mais velho. Enfim, a hora foi boa. Logo no seu primeiro ano, ele foi o segundo maior cestinha da NBA (atrás de Jerry West) e eleito Rookie do ano. No ano seguinte, os Bucks contratram um reforço de peso: Oscar Robertson. Foi o suficiente para o time de Milwaukee se sagrar campeão daquele ano. Nosso pivô foi o maior pontuador da liga e ganhou o primeiro de seus vários MVPs de temporada regular.

Apesar de nunca ter falado mal dos fans de Milwaukee (diferentemente do que Bill Russell fez com os torcedores do Celtics), ele acabou pedindo pra ser trocado por motivos pessoais e foi pra Los Angeles. Três anos mais tarde, Earvin “Magic” Johnson foi draftado e, com isso, iniciou-se a maior dinastia do basquetebol moderno: a do ‘show time’!

Em dez anos, foram 8 finais de conferência e cinco títulos. Em 1989, após vinte temporadas, um dos maiores jogadores que o basquetebol já viu se aposentou.

Na época de sua aposentadoria, ele era líder da NBA em pontos, jogos, minutos jogados, cestas feitas, cestas tentadas, tocos e rebotes defensivos. Até hoje, ele é o maior pontuador da história do basquete com 38,387 pontos. Campeão da NBA seis vezes, maior MVP de temporada da história com seis MVPs, maior aparição em All Star Games da história com dezenove participações, terceiro maior reboteiro da história, atrás dos gigantes Russell e Chamberlain e terceiro com mais tocos da história atrás de Olajuwon e Mutombo (com um pequeno detalhe de que, quando a estatística começou a ser contabilizada, ele já estava na sua quinta temporada e, portanto, é o líder moral desta categoria).

Eleito pela ESPN como o maior jogador da história do basquete universitário e por Pat Riley como o maior jogador de todos os tempos. Tornou-se também ator, historiador, escritor, e embaixador cultural global dos Estados Unidos. Neste instante, senhoras e senhores, é necessário que vocês se levantem de suas cadeiras para ovacionar este sujeito: este é Kareem Abdul-Jabbar, outrora conhecido como Ferdinand Lewis Alcindor Jr., o maior pivô de todos os tempos.

#NoCentroDoJogo

kareem abdul jabar


“No Centro do Jogo” – parte IX
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Shaquille O’Neal era um monstro. De costas pra cesta, o resultado era sempre o mesmo: ‘BARBECUE CHICKEN’. Eu explico o porquê da frase: O’Neal dizia que, contra todos os pivôs que ele jogou, ele sabia que conseguiria vencer (salvo, talvez, contra o Tim Duncan, que o próprio Shaq admitiu ‘nunca ter conseguido entrar na cabeça’). Ele sabia que, via de regra, na frente dele estava um franguinho, um franguinho no espeto, um ‘barbecue chicken’. Em outras palavras, Shaq sabia que, todo mundo que aparecesse pela frente, ele jantaria com farofa.

De fato, no ano do seu draft, 1992, O’Neal já era dominante. Logo nos seus primeiros sete dias de NBA, ele foi nomeado melhor jogador da liga na semana, tornando-se o primeiro atleta rookie da história a alcançar tal feito. Ele fechou sua primeira(!) temporada com médias de 23pts/14reb/3.5blk. Por motivos óbvios, ele foi Rookie do ano e tornou-se o primeiro rookie a ser votado como titular do All-Star Game desde Michael Jordan em 1985. Também naquele ano, ficou claro que sua carreira seria marcada por momentos polêmicos. Ao final da temporada, depois de não ter conseguido ir para os playoffs, Shaq teria dito que “nós precisamos demitir o nosso técnico.” É bom lembrar que isso foi a fala de um calouro. O Orlando Magic, no entanto, aceitou o pedido, demitiu o treinador, e o assistente, Brian Hill, assumiu o cargo.

A segunda temporada de O’Neal começou com a chegada de Anfernee ‘Penny’ Hardaway. Os dois tiveram uma parceria de sucesso, chegando aos playoffs em todos os anos em que atuaram juntos. Eles chegaram até às finais, em 1995, mas foram varridos pelo Houston Rockets de Hakeem Olajuwon. Em 1996, Shaq tornou-se free agent e, mais uma vez, teria dito que o técnico do Orlando precisava ser trocado porque, segundo ele, ‘ninguém o respeitava’. Desta vez, contudo, a franquia preferiu manter o técnico. O’Neal fez as malas e foi para o Los Angeles Lakers.

Em Los Angeles, Shaq continuou sendo dominante, mas foi só três anos depois, na virada do milênio, com o amadurecimento de Kobe e, principalmente, a contratação de Phil Jackson, que a sorte do time (e de Shaq) mudou. A verdade é que Shaq precisava de uma figura que o inspirasse a se dedicar. É por isso que ele reclamava tanto de seus técnicos. Quando Phil Jackson — seis títulos no currículo e ex-técnico daqueles lendários times do Bulls — apareceu por ali, O’Neal finalmente arranjou um bom motivo para se dedicar ao máximo. Nessa época, ele treinou como nunca antes na carreira. O resultado veio rápido: o Lakers ganhou três títulos seguidos e O’Neal foi eleito MVP das finais naqueles três anos.

Depois da famosa treta entre Shaq, Kobe e toda a organização do Lakers, O’Neal foi-se embora pra Miami, curtir a vida adoidado ao lado da estrela em ascensão, Dwyane Wade, a quem ele deu o apelido de “Flash”. Em 2006, o Miami trouxe o ex-técnico do Showtime do Lakers (e, portanto, outra figura que inspiraria respeito do Shaq), Pat Riley, e chegou as finais. Depois de uma série bastante polêmica contra o Dallas, com muitos fãs até hoje dizendo que a arbitragem garantiu a vitória do Heat ao marcar todas as faltas do mundo em cima do Wade (ele chutou 97 lances-livres nos seis jogos da série, um recorde), Shaq venceu seu quarto e último título.

Na temporada de 2007-08 ele saiu do Miami e teve breves passagens pelo Phoenix, pelo Cleveland e enfim terminou sua carreira em Boston, depois de ter jogado apenas 37 partidas na temporada de 2010-11.

Shaq fez time demitir técnico e contratar jogador; Shaq distribuía braçadas durante o jogo; Shaq dava entrevistas xingando todo mundo em rede nacional; Shaq, em resumo, é um dos jogadores que mais gerou entretenimento da história!

Foram cinco discos como rapper, doze longas como ator e dois reality-shows. Como atleta, além dos quatro títulos da NBA, e dos 3 MVP das Finais, ele é um dos três jogadores da história (ao lado de Jordan e Willis Reed) a ganhar MVP da temporada, MVP do All-Star Game e MVP das Finais no mesmo ano e um dos dois únicos jogadores da história (ao lado de Lebron James) a ganhar o MVP com apenas um voto de distância da unanimidade (120 de 121 votos foram para o Shaq e o que faltou foi pro Allen Iverson). Ele é também o último cara da história a quebrar uma tabela da NBA e, por isso, nós sempre o admiraremos. As duas mãos agarram o aro, a força da enterrada leva suas duas pernas pra cima, a imagem é clássica, emblemática: um monstro de 2.16m e 150kg, imparável, dominante. Este é Shaquille ‘The Diesel’ O’Neal.

‪#‎NoCentroDoJogo‬

oneal


“No Centro do Jogo” – parte IV
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No começo da carreira, Wilt Chamberlain não era um cara querido. Ele não tava nem aí pro seus companheiros de equipe e muito menos aí pros treinos. É que ele amava o Harlem: o neon, as mina, James Brown. Amava tanto que acabou virando sócio de uma boate por lá chamada Small Paradise. Com uma vida dura dessas, não tinha mesmo como ir aos treinos e todos os companheiros ficavam meio putos mas – mano – we talking about practice?

Vamos aos fatos:

O então treinador do Celtics, Red Auerbach, ouviu falar de um garoto que estava destruindo no ensino médio: sendo marcado por dois, três e às vezes até quatro jogadores do time adversário, ele, mesmo assim, teve média de 32 pontos por jogo. Auerbach achou aquilo incrível e convidou B.H. Horn, jogador recém-nomeado MVP das finais da NCAA e campeão do torneio, pra jogar 1×1 com o garoto. Chamberlain ganhou de 25 a 10 e Born, depois da derrota, preferiu desistir da carreira de jogador e virou engenheiro de tratores.

Esse não foi o único cara que se aposentou por conta de Wilt. O campeão Earl Lloyd, em seu discurso de integração ao Hall da Fama, revelou que – antes do começo da temporada de 1959-60 – participou de uma partida de exibição contra Philadelphia Warriors, do rookie Chamberlain. Ao vê-lo, Lloyd imaginou que, com aquele tamanho todo, ele “não seria capaz de andar e mascar chiclete ao mesmo tempo”. Ao fim da partida, contudo, depois de ter visto Chamberlain em quadra, Earl decidiu que era hora de se aposentar.

Wilt Chamberlain entrou pra NBA e, em sua primeira temporada, foi eleito Rookie do Ano e MVP. Além disso, nesse mesmo ano, ele quebrou oito recordes da liga (média de pontos e rebotes entre eles).

Dois anos depois, na temporada de 62, outro recorde, que permanece até hoje: média de 50.4 pontos por jogo e 25.7 rebotes. Foi nesse ano que, contra os Knicks, rolou o famigerado jogo de 100 pontos. Por conta dessa temporada, Chamberlain se tornou o primeiro e único jogador da história a marcar mais de 4mil pontos numa mesma temporada (4.029). O número é tão impressionante que o único outro jogador a romper a barreira dos TRÊS mil pontos é Michael Jordan (3.041 na temporada de 86-87).

Wilt é também o único jogador da história a ter mais de 2.000 rebotes em um ano. Como se não bastasse uma, ele fez isso em duas ocasiões distintas (2.149 e 2.052). Ele também é detentor do recorde de rebotes numa mesma partida, três a mais que Russell: 54 rebotes em um jogo. Foi aí que a NBA decidiu que não tinha jeito: a largura do garrafão, que já havia sido alterada por George Mikan, teve que passar por uma nova reforma. O garrafão passou então de 3.6m (12 pés) para 4.9m (16 pés) de largura.

Na temporada de 65, Chamberlain teve média de 48.7 minutos jogados por jogo, o que significa mais minutos do que existem no tempo regulamentar do basquetebol. Isso porque ele não saía nunca – jamais, nem pensar – de um jogo e alguns deles acabavam indo pra prorrogação.

Um cara que definitivamente não gostava de Chamberlain era Gus Johnson (ala-pivô do então Baltimore Bullets). Isso porque, certa vez, Gus Johnson foi tentar enterrar e levou um toco tão forte de Chamberlain que o seu ombro deslocou. Foi a única vez na história que um jogador teve um ombro deslocado devido a um toco. Isso sem contar a vez que Wilt quebrou o pé do jogador Johnny Kerr (ala-pivô do Syracuse Nationals) com uma enterrada. Chamberlain enterrou a bola que, na trajetória do aro pro chão, bateu no pé de Kerr com tal força que quebrou alguns ossos do pé do cara.

Os jornalistas procuravam coisa para criticar em Chamberlain e acharam: disseram que ele podia pegar rebotes e podia fazer cestas, mas que ele não conseguia passar a bola. Nessa mesma temporada, Wilt Chamberlain foi líder da liga em assistências e tornou-se o único pivô da história a conquistar tal feito.

Este é Wilt Chamberlain, a maior máquina de jogar basquete que já existiu, líder da NBA em pontos 7 vezes, em percentual de acerto 9 vezes, em minutos jogados oito, em rebotes 11 e em assistências uma. Duas vezes campeão da NBA, quatro vezes MVP, um monstro.

Quando comparado com Russell, a resposta é simples: “um incrível jogador (Chamberlain) contra um jogador capaz de fazer seu time incrível (Russell)”.

#NoCentroDoJogo
wilt


“No Centro do Jogo” – parte II
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Homens Brancos Não Sabem Blogar

Meias longas, muito longas, até acima dos joelhos, terminadas em suas tradicionais joelheiras de vôlei. Mais acima, por trás da camisa, é perceptível uma pancinha de bom moço. Passando pelo número 99, terminamos em seu rosto, ornamentado por óculos ainda hoje utilizados por sujeitos hipsters mundo adentro.

O rapaz com cara de empreendedor do Vale do Silício, acredite se quiser, é apelidado de Mr. Basketball. Vocês estão diante da figura impressionante do primeiro pivô da história, George Mikan.

Em 1947, seus 2.08m de altura revolucionaram o jogo. Em nove anos jogando profissionalmente, ele ganhou 7 títulos e foi o que mais pontuou em cinco. Além disso, foi fator determinante na criação de três novas regras enquanto jogador. Foram as seguintes:

1) Goal-Tending
Naquela época, eram poucos os jogadores que alcançavam o aro. Poucos mesmo. Quando alguém arremessava ou era cesta ou o cara errava, não existia a possibilidade de rolar um toco no meio do caminho. Isso não era problema com Mikan, muito pelo contrário: por conta da quantidade de tocos que Mr. Basketball distribuía, a liga teve que criar o “goal-tending”, invalidando os tocos do pivô com a bola na descendente.

2) 24 Segundos
Mikan era tão dominante que, quando o time adversário conseguia ficar a frente no placar, os jogadores paravam de pontuar para gastar tempo e conseguir a vitória. A gota d’água veio no dia 22 de novembro de 1950, quando o Fort Wayne Pistons venceu o Minneapolis Lakers de Mikan por 19 a 18. O último quarto foi 3 a 1. A liga passou os anos seguintes bolando a melhor maneira de impedir que isso acontecesse e, em 1954, surgiu o “shot clock”, limitando a posse de bola de cada time para 24 segundos.

3) Largura do garrafão
O garrafão era muito estreito. Toda vez que algum jogador do time de Mikan fosse para linha de lance-livre mais valia errar do que acertar: Mr. Basketball se encarregaria do rebote e faria a cesta. Por isso, o garrafão passou de 1.8m (6 pés) para 3.6m (12 pés) de largura (alguns anos mais tarde, um rapazola chamado Wilt Chamberlain seria responsável por aumentar ainda mais essa largura).

#NoCentroDoJogo

mikan