Homens Brancos Não Sabem Blogar

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Tim Duncan se tornou o terceiro jogador da história a vencer 1.000 jogos.

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“No Centro do Jogo” – parte X
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Finalmente chegamos ao nosso último post da série dos melhores pivôs da história do basquete. Deixamos por último, claro, o melhor.

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O menino nasceu para ser grande. O menino, aliás, nasceu grande: 5.73kg e 57cm. Ele cresceu no Harlem, centro da cultura negra norte-americana, e lugar da Smalls Paradise, balada de Wilt Chamberlain. Filho de um pai policial e músico, Alcindor tinha 2.03m com 15 anos e logo se destacou no basquete.

Durante o Ensino médio, ganhou 95 jogos e perdeu 6. Nesse período, chegou a ter uma sequência de vitórias de 71 jogos seguidos e venceu o campeonato municipal em todos os anos em que jogou. Ganhou também o título nacional em 1964. Este talvez seja o melhor time de Ensino Médio da história.

Com 18 anos, já havia ultrapassado os 2.15m e, de 1966 a 1969, jogando pela UCLA, levou o time a 88 vitórias e duas derrotas. Foi, claro, campeão nesses três anos. Era quase uma covardia. A Universidade pela qual ele jogava era muito boa antes mesmo dele entrar pro time. O primeiro jogo da sua carreira, aliás, foi um teste pra ver quão bom ele era. A Universidade resolveu organizar uma partida entre o time oficial (que havia acabado de ganhar duas vezes seguidas o campeonato nacional) e o time de calouros. Os calouros ganharam o jogo por 15 pontos de diferença muito por conta do rapaz que anotou 31 pontos, 21 rebotes e 8 tocos.

Ele era tão dominante, que a NCAA se viu obrigada a proibir a enterrada no campeonato. Simplesmente baniram a enterrada por conta dele. Sem poder enterrar, ele teve que achar uma outra forma de fazer cesta. A organização do campeonato não sabia, mas aquela proibição foi a grande responsável pelo nascimento de uma das armas mais temidas do basquete: o gancho. As enterradas voltaram a ser admitidas na NCAA somente em 1976.

Em 1968, ele participou do ‘Jogo do Século’. Não estou falando de uma gravação vintage do Space Jam, estou falando do primeiro jogo de temporada regular da NCAA a ser transmitido em rede nacional. Esta foi a popularização do esporte universitário, a sementinha que gerou o March Madness. O jogo foi entre UCLA Bruins e Houston Cougars e, acredite se quiser, o cara perdeu. Foi uma decepção, claro, mas ele tava jogando com um problema na córnea devido a uma disputa de rebote no jogo anterior. A revanche veio no final da mesma temporada: campeões do universitário contra o próprio Houston. Desta vez, vitória fácil: 101×69 e nosso pivô saudável. Em seu último ano como universitário, pela primeira vez na história, houve a eleição do “Naismith College Player of The Year” e ele ganhou.

Ele foi draftado pelo Milwaukee Bucks em 1969. A essa altura, Bill Russell já tinha se aposentado e Chamberlain ainda estava bem, mas mais velho. Enfim, a hora foi boa. Logo no seu primeiro ano, ele foi o segundo maior cestinha da NBA (atrás de Jerry West) e eleito Rookie do ano. No ano seguinte, os Bucks contratram um reforço de peso: Oscar Robertson. Foi o suficiente para o time de Milwaukee se sagrar campeão daquele ano. Nosso pivô foi o maior pontuador da liga e ganhou o primeiro de seus vários MVPs de temporada regular.

Apesar de nunca ter falado mal dos fans de Milwaukee (diferentemente do que Bill Russell fez com os torcedores do Celtics), ele acabou pedindo pra ser trocado por motivos pessoais e foi pra Los Angeles. Três anos mais tarde, Earvin “Magic” Johnson foi draftado e, com isso, iniciou-se a maior dinastia do basquetebol moderno: a do ‘show time’!

Em dez anos, foram 8 finais de conferência e cinco títulos. Em 1989, após vinte temporadas, um dos maiores jogadores que o basquetebol já viu se aposentou.

Na época de sua aposentadoria, ele era líder da NBA em pontos, jogos, minutos jogados, cestas feitas, cestas tentadas, tocos e rebotes defensivos. Até hoje, ele é o maior pontuador da história do basquete com 38,387 pontos. Campeão da NBA seis vezes, maior MVP de temporada da história com seis MVPs, maior aparição em All Star Games da história com dezenove participações, terceiro maior reboteiro da história, atrás dos gigantes Russell e Chamberlain e terceiro com mais tocos da história atrás de Olajuwon e Mutombo (com um pequeno detalhe de que, quando a estatística começou a ser contabilizada, ele já estava na sua quinta temporada e, portanto, é o líder moral desta categoria).

Eleito pela ESPN como o maior jogador da história do basquete universitário e por Pat Riley como o maior jogador de todos os tempos. Tornou-se também ator, historiador, escritor, e embaixador cultural global dos Estados Unidos. Neste instante, senhoras e senhores, é necessário que vocês se levantem de suas cadeiras para ovacionar este sujeito: este é Kareem Abdul-Jabbar, outrora conhecido como Ferdinand Lewis Alcindor Jr., o maior pivô de todos os tempos.

#NoCentroDoJogo

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Wilt Chamberlain x Kareem Abdul Jabbar
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Gustavo Battaglia

Em 1972, o Milwaukee Bucks também foi responsável por encerrar a série de 33 jogos do Los Angeles Lakers, a maior de todos os tempos. O mais legal neste vídeo é ver como um já “velho” Wilt Chamberlain sofre para marcar o ganchinho maroto de Kareem Abdul-Jabbar. Ah sim, o Lakers perdeu dos Bucks nesta ocasião, mas acabou campeão da NBA naquele ano.

Em 1972, o Milwaukee Bucks também foi responsável por encerrar a série de 33 jogos do Los Angeles Lakers, a maior de todos os tempos. O mais legal neste vídeo é ver como um já “velho” Wilt Chamberlain sofre para marcar o ganchinho maroto de Kareem Abdul-Jabbar. Ah sim, o Lakers perdeu dos Bucks nesta ocasião, mas acabou campeão da NBA naquele ano.

Posted by Homens Brancos não Sabem Blogar on Terça, 15 de dezembro de 2015


Relembre o que Kareem falou sobre o Islamismo
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Gustavo Battaglia

“Quando a Ku Klux Klan queima uma cruz no quintal de uma família negra, cristãos não precisam explicar que esses não são atos verdadeiramente cristãos.

Para mim, religião – não importa qual – é sobre pessoas que querem viver de forma humilde, moral. Pessoas que criam uma comunidade harmoniosa e que promovem tolerância e amizade fora da comunidade religiosa. Qualquer religião deveria servir a esse objetivo. O Islã que eu aprendi e pratico faz isso.

Violência cometida em nome da religião nunca é sobre religião – é sobre dinheiro. Quando você observa esses ataques terroristas, eles não são feitos no intuito de nos assustar para que mudemos nosso comportamento. Os ataques de 11 de setembro não fizeram os Estados Unidos adotar o Islã. Como todos os outros ataques terroristas no Oeste, eles só fortaleceram nossa determinação de sermos quem somos. Então o ataque em Paris, como os outros, não é para mudar o comportamento Ocidental. O objetivo é provar que esse grupo continua relevante no meio terrorista, é recrutar mais gente, é ganhar mais doações. São negócios.

Sabendo que os ataques não são sobre religião, nós temos que chegar a um ponto em que nós paramos de trazer o Islã nessas discussões. Nós ainda não chegamos lá porque grande parte da população ocidental não conhece a religião islâmica. Tudo o que eles vêem são decapitações violentas, sequestros de adolescentes, massacre sangrentos de crianças nas escolas, e esses ataques terroristas. Naturalmente, eles ficam assustados quando escutam a palavra ‘muçulmano’, ou quando vêem alguém utilizando os trajes tradicionais muçulmanos.

Quando a Ku Klux Klan queima uma cruz no jardim de uma família negra, cristãos não precisam explicar que esses não são atos cristãos. A maioria das pessoas entende que a KKK não respeita os ensinamentos cristãos. É isso que eu e outros muçulmanos desejamos: o dia em que esses terroristas – que louvam o profeta Maomé, ou Alá, ao mesmo tempo que adulteram seus ensinamentos – sejam instantaneamente reconhecidos como capangas disfarçados de muçulmanos; criminosos de uma organização política utilizando uma máscara muçulmana mal ajustada.” (Kareem Abdul-Jabbar)

 

kareem


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