Homens Brancos Não Sabem Blogar

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“Pelo amor ao Jogo”, parte 24
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“Uma coisa que eu poderia ensinar aos jogadores mais novos é para que aproveitem o momento e sejam cuidadosos para não se isolarem numa caixa que outras pessoas construíram para eles. O sucesso vai fazer as expectativas aumentarem, mas isso é uma evolução natural na nossa sociedade. Você tem que entender quem você é para poder crescer como uma pessoa e um jogador. Olhe para o Kobe Bryant. Ele ainda nem sabe qual é o tipo de jogo dele. Como ele poderia? Ele foi do ensino médio direto pra um ambiente no qual ou ele nada, ou ele afunda. Ele precisa criar sua personalidade para poder se tornar um grande jogador. Ele até pode tentar descobrir seu jogo copiando o estilo de outros jogadores durante algum tempo, mas – mais cedo ou mais tarde – ele terá que encontrar o seu próprio jogo. Esta é a única maneira dele se tornar um grande jogador.

Muitos jogadores nunca entendem quem eles são. Eles acham que sabem. Eles acham que indo para boates, ou saindo com uma garota diferente toda noite é a resposta. Se é isto que você acha que te faz realmente feliz, você está ferrado, porque isto é passageiro. O que resta pra você se essas coisas são as únicas que você se preocupa? Relaxa. Aproveite a vida. Pegue leve. Não faça da vida algo difícil. Esses caras precisam aprender a viver o momento. Deixar as coisas acontecerem. Se você não curte o processo de se tornar um atleta bem-sucedido, então não há beleza na conquista. Aproveite o dia. Haverá outro amanhã.” (Michael Jordan)

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Um pouco da história de um dos maiores vencedores da NBA: Robert Horry
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“Aqui estão algumas coisas que eu acredito: Brent Barry é um dos jogadores mais inteligentes que eu já joguei na NBA. Rudy Tomjanovich é o melhor treinador que eu já tive, não Phil Jackson, nem Gregg Popovich. Kobe Bryant foi o jogador mais dedicado que eu já vi. O ‘triângulo’ é um nome chique pras mesmas jogadas que 50% dos times da NBA fazem. Dennis Rodman foi um gênio. Basquete é uma indústria cruel. Vencedores não ficam calados.

Você pode discordar comigo em todos os meus pontos, mas a realidade é que eu vejo o jogo de uma forma diferente do que a maioria dos fãs da NBA. De fato, eu vejo o jogo de forma diferente da maioria dos técnicos da NBA. Mas eu tenho sete títulos da liga, então me escute por um segundo e você talvez aprenda alguma coisa diferente dos clichês que você escuta na TV.

As pessoas sempre me perguntam, ‘Cara, como você meteu todas aquelas bolas? Que frieza.’

Eu não nasci assim. De fato, eu talvez tenha sido um dos únicos jogadores da história da NBA que foi trocado porque não chutava a bola o suficiente. Quando eu fui draftado pelo Houston Rockets em 92, eu estava nas nuvens. Eu iria jogar com o meu ídolo Hakeem Olajuwon. The Dream! Eu não poderia estar mais animado. No primeiro treino, todas as vezes que eu recebia a bola, Hakeem a pedia. O que VOCÊ faria? O cara é uma lenda viva. Imparável no post. Eu passava a bola pra ele, é claro. E eu continuei passando pra ele pelo resto da temporada. Naquele primeiro ano, eu estava feliz só de estar lá. Na temporada seguinte, nós começamos 15-0. Nós empatamos o recorde de vitórias consecutivas com uma vitória sobre o Knicks no Madison Square Garden, a mecca do basquete. A cidade inteira estava tão puta que eles fizeram algo que eu nunca tinha visto na minha carreira. Os funcionários do aeroporto fizeram a gente esperar duas horas no portão – nenhum anúncio, nenhuma atualização, nada. Eles fizeram a gente esperar no aeroporto porque a gente ganhou do Knicks. A gente só conseguiu chegar em Atlanta às cinco da manhã e o Hawks ganhou da gente aquela noite por 25 pontos de diferença.

Depois disso, a gente continuou indo muito bem. Nós não perdemos nossa segunda partida até dois dias antes do Natal contra o Nuggets. Nós estávamos com 22 vitórias e duas derrotas. Eu fui pra nossa festa de natal aquela noite e o Hakeem estava andando sozinho. Ele anda até mim e sinaliza para que eu o siga até a varanda. Nós vamos até a varanda, estava frio, ele me olha e diz, ‘Você se importa se nós ganhamos ou perdemos?’ Eu olho pra ele e digo, ‘Mano, você talvez não entenda isso, mas eu me importo mais do que qualquer outro nesse time. Eu odeio perder.’

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Robert Horry e The Dream em ação

‘Você não demonstra isso, Robert.’ – Este foi um dos momentos mais importantes da minha carreira. Meu ídolo estava me cobrando. Eu poderia ter abaixado a cabeça, mas eu decidi que não. ‘Bem,’ eu disse. ‘Você também não mostra muito suas emoções.’ Dois homens adultos na varanda falando sobre suas emoções. Eu nunca me esquecerei dele rindo: ‘Bom ponto,’ ele disse. ‘Vamos voltar pra dentro.’

Daquele dia em dia em diante, nós nos tornamos grandes amigos. Ele era o tipo de cara que te desafiava mesmo quando você estava no primeiro lugar. Esse é o tipo de coisa que muitos fãs não entendem. Quando um time vence um campeonato, todos imaginam que tudo foi perfeito – que todos os jogadores são amigos e que o técnico é um gênio. A realidade é sempre mais complicada.

Um mês depois daquela festa de natal, eu recebo um telefonema do meu agente dizendo que eu havia sido trocado para o Detroit pelo Sean Elliot. A explicação foi de que o Houston precisava de mais pontos. Estávamos no meio de fevereiro, nevando, frio pra cacete. Eu desci do avião e eu nunca estive tão deprimido na minha vida quanto nos dias seguintes. Matt Bullard estava envolvido naquela troca também, e eu lembro que nós estávamos prontos para começar a jogar quando alguém do Pistons nos disse que o Sean Elliot ainda não havia passado pelos testes físicos do Houston e que nós devíamos esperar como precaução. No dia seguinte, meu agente me ligou e disse, ‘Eles acharam um problema nos rins de Sean. A troca foi cancelada. Você está voltando pra Houston.’

Eu e o Matt fomos pro aeroporto tão rápido que quando a gente chegou no aeroporto a gente fez um rolamento ninja pra fora do carro e já caiu no avião. É capaz do carro estar até hoje rodando pelo centro-oeste. Depois daquele dia, minha mentalidade era, ‘Foda-se, eu vou chutar. Eu vou jogar o meu jogo.’ Nós ganhamos o título aquele ano. E ganhamos de novo no ano seguinte. As pessoas me conhecem como ‘Big Shot Bob’, mas a realidade é que – não fosse por uma emergência médica – eu poderia ter sido conhecido como o cara deprimido de Detroit. Na estrada desse jogo, os caminhos são sinuosos e as bifurcações são muitas.

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Houston Rockets campeão da temporada 94-95

Eu darei outro exemplo. Quando eu fui trocado para o Lakers em 97, Kobe Bryant era apenas um rookie. O cara não conseguia chutar bolas de três. Todo dia após o treino a gente fazia competição de bolas de três. Éramos eu, Kobe, Brian Shaw, Mitch Richmond e Kurt Rambis. O Kobe perdia toda vez. No treino do dia seguinte, é claro, Kobe já estava lá chutando bolas de três. Ao final do treino, ele dizia, ‘Vamos brincar! Eu estou pronto pra vocês.’ E nós ganhávamos de novo. Ele não parava nunca. Era incrível. Ele treinou até que um dia, meses depois, ele finalmente venceu. Se você dissesse, ‘Kobe, eu aposto que você não consegue fazer cinco seguidas com o pé do meio da quadra,’ o filho da puta ia lá e treinava todo dia até conseguir fazer isso. E é isso o que as pessoas não entendem quando elas falam de campeões – quando eles falam sobre a mentalidade do campeão. A dedicação do Kobe ao jogo é surreal. O denominador comum em todo time campeão é a mentalidade que o Kobe tem, e a mentalidade que o Hakeem teve comigo naquela festa de natal. Você tem que ser tão obcecado em vencer que você não descansa, nem mesmo quando você está em primeiro. Nem mesmo quando você já ganhou uma vez.

Kobe Bryant e Robert Horry

Kobe Bryant e Robert Horry

Todas as vezes que eu escuto as pessoas reclamarem que o Kobe grita com seus companheiros de time nos treinos, ou quando elas questionam se LeBron é melhor amigo do resto da equipe, eu viro os olhos. Você sabe quantas conversas eu tive com o Phil Jackson fora da quadra durante todo o meu tempo com o Lakers? Uma. Eu estava sentado no vestiário e ele estava sentado numa mesa na minha frente. ‘O que aconteceu com você e o Danny Ainge em Phoenix?’ ele perguntou. ‘Eu não gostava dele, então eu explodi e joguei uma toalha nele. Eu não lidei com a situação do jeito certo.’ eu disse. ‘Ok.’ ele respondeu. E foi isso. Nós ganhamos três títulos juntos. Vai saber.

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Robert Horry e Phil Jackson nos anos de Lakers

O oposto disso foi a minha relação com o Rudy T. Ele entendia que, mesmo que ele fosse o técnico, nós conseguíamos ver coisas que ele não conseguia ali do banco. Nós podíamos ouvir e sentir coisas dentro da quadra que ele não podia. A primeira coisa que o ‘T’ dizia era, “O que está acontecendo lá fora?” Ele nos perguntava as jogadas que a gente queria fazer para sentir o que a gente estava confortável em fazer. Se nós fazíamos uma jogada e ela funcionava, ‘T’ falava para nós a fazermos de novo. O Phil nem tanto. A mesma coisa com o Pop. Os dois são grandes do seu próprio jeito, mas baseado na minha experiência pessoal, o ‘T’ foi o maior técnico da NBA. Eu sei que ele não tem nem de perto a mesma quantidade de títulos, mas às vezes a gente dá crédito demais às pessoas por conta de títulos.

Com o Phil, a habilidade dele de treinar o Michael Jordan e a maneira que ele conseguiu liderar aqueles times do Bulls são o motivo pelo qual os jogadores o respeitavam tanto. Os título do Phil em Chicago se traduziram em títulos em Los Angeles. Os seus seis anéis foram o que fizeram Shaq treinar tanto e se tornar um dos jogadores mais dominantes na história da liga. No entanto, mesmo sendo tão dominantes quando fomos naqueles três anos, eu sinto que nós poderíamos ter feito mais, não fosse pelos egos e pela complacência. Honestamente, eu saí do Lakers odiando aquele time. Eles me trataram mal. Eu me lembro de ir na reunião depois do título de 2002 e aquele era o ano que eu podia optar por sair do meu contrato. Eu entrei na reunião e todos me abraçaram e me elogiaram.

Eu disse, ‘Eu sei que eu tô ganhando muito dinheiro e que você tão de pau duro pelo Karl Malone.’ Eles queriam o Malone há cinco anos, desde que o Phil tinha chegado lá. Eu sou um cara realista. Me fale a verdade e eu irei te respeitar, só não faça as coisas pelas minhas costas. Eu disse a eles que eu ficaria por 2 milhões, mas eles não estavam interessados. Então eu pedi para que eles me permitissem achar um time antes que o dinheiro acabasse e então para que eles não esperassem até o último dia de trocas para me liberar do meu contrato. Eles disseram, ‘Nós nunca faríamos isso com você.’ Bem, eles não fizeram mesmo. Eles esperaram até o dia seguinte ao último para me liberar. É a isso que os atletas se referem quando eles dizem que o basquete são só negócios. Porra, é verdade, a gente faz uma tonelada de dinheiro pra jogar um jogo bobo de criança. Mas mesmo se você for o herói, mesmo se você mete um dos maiores chutes da história da franquia e vence múltiplos títulos, você pode ser despejado no dia seguinte.

Mais uma vez, este poderia ter sido o fechamento das cortinas pra mim. Por sorte, eu acabei indo pro Spurs e o resto é história. Meu primeiro jogo de volta em Los Angeles contra o Lakers, eles fizeram uma cerimônia antes do jogo para me presentear com uma camisa especial. Todos estavam sorrindo. Fizeram essa cerimônia pra mim e eu tive que parecer feliz. E eu estava feliz pelos fãs, e pelo o que nós alcançamos. Mas se você entende algo sobre mim, entenda isso: eu sou um cara que está constantemente atrás de motivação. É assim que você põe gelo na suas veias. Então eu me lembro de olhar para o pessoal da administração do Lakers e pensar. ‘Cara, o que é de vocês está guardado. Eu vou quebrar o coração de todos vocês.’

Na verdade, eu tive cinco títulos da NBA graças ao Lakers. Três por jogar com o time, e dois por eles terem me mandado embora.” (Robert Horry para a The Players’ Tribune)

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Robert Horry têm SETE anéis de campeão da NBA.

 


Confira a lista da camisetas mais vendidas nessa temporada
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Gustavo Battaglia

A NBA divulgou, nessa quarta feira, a lista das camisetas mais vendidas. No topo, podemos encontrar nomes já esperados. Steph Curry é o número 1, seguido por Lebron James, Kobe Bryant e… Kristaps Porzingis?

Ah, espera, nome errado – Kristaps Porzikas!

Com 14 pontos por jogo, Porzinkas é o terceiro em média de pontos, entre os calouros. É também o segundo em rebotes (8,0) e primeiro em tocos (1,95). Mais significante que isso, a quarta escolha do draft de 2015 deu aos torcedores dos Knicks uma rara sensação de esperança em relação a futuro da equipe de Nova Iorque.

Kristaps Porzingis, ou Porzikas.

O ranking de vendas de camisetas é baseado nas vendas da NBAStore.com, de outubro à dezembro de 2015. A liga anunciou também que as vendas de Black Friday e da Cyber Monday foram as maiores da história. Essas duas datas representaram um aumento de 20% em relação às vendas do ano anterior.

A notável temporada de Curry – que culminou no título da NBA e o MVP da temporada regular – alçou-o ao topo da lista de vendas de camisetas, pela primeira vez, passando Lebron James, líder de vendas nos últimos anos. Klay Thompson, companheiro de Steph, está na décima primeira colocação e o Golden State Warriors lidera entre as equipes com mais vendas.

klay e steph

Os produtos da equipe de Curry e Thompson é a mais procurada nas lojas da NBA.

Bryant era o sexto colocado em junho passado, quando a NBA divulgou sua última lista. Porém, a notícia de que esta será sua última temporada, ajudou-o a subir à terceira posição.

Apesar de ter um começo excepcional de temporada (36-6), o Spurs não tem nenhum jogador no top 15, entretanto a equipe de San Antonio está em sexto lugar nas vendas.

Top 15 – Jogadores
1. Stephen Curry, Golden State Warriors
2. LeBron James, Cleveland Cavaliers
3. Kobe Bryant, Los Angeles Lakers
4. Kristaps Porzingis, New York Knicks
5. Kevin Durant, Oklahoma City Thunder
6. Derrick Rose, Chicago Bulls
7. Russell Westbrook, Oklahoma City Thunder
8. Kyrie Irving, Cleveland Cavaliers
9. James Harden, Houston Rockets
10. Jimmy Butler, Chicago Bulls
11. Klay Thompson, Golden State Warriors
12. Paul George, Indiana Pacers
13. Anthony Davis, New Orleans Pelicans
14. Chris Paul, L.A. Clippers
15. Carmelo Anthony, New York Knicks

Top 10 – Equipes
1. Golden State Warriors
2. Chicago Bulls
3. Cleveland Cavaliers
4. Los Angeles Lakers
5. New York Knicks
6. San Antonio Spurs
7. Oklahoma City Thunder
8. Miami Heat
9. Boston Celtics
10. L.A. Clippers


O último confronto entre Jordan e Kobe
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Gustavo Battaglia

Dali a duas semanas ele se aposentaria de vez. Desta vez, seria pra sempre. Com 40 anos, Michael Jordan ainda fazia 20 pontos por jogo, mas sabia que já não dava mais. Agora, Michael estava feliz de ter a oportunidade de jogar contra o cara do momento, Kobe Bryant. Do outro lado, Kobe estava mais feliz ainda por jogar contra Jordan. O fato é que essas duas lendas sabiam que estavam se despedindo. Não só isso, elas sabiam que havia uma espécie de passagem de bastão: a década de 90 abria caminho para o novo milênio.
Tratando-se de Michael Jordan, ninguém esperava que a década de 90 desse passagem sem uma batalha. Não deu outra. Jordan entrou no jogo decidido a pontuar. Ele acertou as suas 5 primeiras tentativas de arremesso e fechou o primeiro quarto com 13 pontos. Impressionante – ainda mais pra um quarentão. Acontece que do outro lado estava o menino Kobe. Caso o moleque não fosse bom, ninguém ousaria dizer que Michael estava passando o bastão pra ele. Kobe era muito bom. E novo. Bryant terminou o primeiro quarto com 19 pontos, e o primeiro tempo com 42 pontos. “42 pontos em um tempo?” – pensou Jordan – “Não vai rolar.”
Ao final do terceiro quarto, com o Lakers já vinte pontos na frente, Michael conseguiu cavar uma falta de ataque em cima do Kobe. Bryant olhou quem estava ali no chão e não conseguiu segurar um sorriso. Tyronn Lue (o cara que ficou famoso por ter saído na foto com o Allen Iverson) foi ajudar Michael a se levantar, mas logo desistiu. Kobe fingiu bater em Jordan e depois ajudou-o a se levantar. E foi isso. Os dois deram risada, cada um foi pra um lado. Naquele momento, os anos 90 desceram do palco.
Jordan terminou a partida com 23 pontos. Kobe, com 55.
Os melhores momentos desse jogo você encontra aqui: https://youtu.be/oxRwErl-mgc

Dali a duas semanas ele se aposentaria de vez. Desta vez, seria pra sempre. Com 40 anos, Michael Jordan ainda fazia 20 pontos por jogo, mas sabia que já não dava mais. Agora, Michael estava feliz de ter a oportunidade de jogar contra o cara do momento, Kobe Bryant. Do outro lado, Kobe estava mais feliz ainda por jogar contra Jordan. O fato é que essas duas lendas sabiam que estavam se despedindo. Não só isso, elas sabiam que havia uma espécie de passagem de bastão: a década de 90 abria caminho para o novo milênio.Tratando-se de Michael Jordan, ninguém esperava que a década de 90 desse passagem sem uma batalha. Não deu outra. Jordan entrou no jogo decidido a pontuar. Ele acertou as suas 5 primeiras tentativas de arremesso e fechou o primeiro quarto com 13 pontos. Impressionante – ainda mais pra um quarentão. Acontece que do outro lado estava o menino Kobe. Caso o moleque não fosse bom, ninguém ousaria dizer que Michael estava passando o bastão pra ele. Kobe era muito bom. E novo. Bryant terminou o primeiro quarto com 19 pontos, e o primeiro tempo com 42 pontos. “42 pontos em um tempo?” – pensou Jordan – “Não vai rolar.”Ao final do terceiro quarto, com o Lakers já vinte pontos na frente, Michael conseguiu cavar uma falta de ataque em cima do Kobe. Bryant olhou quem estava ali no chão e não conseguiu segurar um sorriso. Tyronn Lue (o cara que ficou famoso por ter saído na foto com o Allen Iverson) foi ajudar Michael a se levantar, mas logo desistiu. Kobe fingiu bater em Jordan e depois ajudou-o a se levantar. E foi isso. Os dois deram risada, cada um foi pra um lado. Naquele momento, os anos 90 desceram do palco.Jordan terminou a partida com 23 pontos. Kobe, com 55.Os melhores momentos desse jogo você encontra aqui: https://youtu.be/oxRwErl-mgc

Posted by Homens Brancos não Sabem Blogar on Sábado, 19 de dezembro de 2015


Kobe se despediu de Toronto ontem. E nós estávamos lá!
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Gustavo Battaglia

Eu tava lá. Eu vi. Eu presenciei. As arquibancadas do Air Canada Centre foram invadidas por uma cor estrangeira; o amarelo se espalhou pela arena. Camisas, bonés, blusas e pôsteres, todos portando o mesmo nome: Kobe Bryant. A maioria dos fãs usava a número 24, mas alguns usavam a 8, outros poucos usavam a 33 de sua antiga escola de ensino médio, Lower Merion. Ontem, nem o mais fanático dos torcedores canadenses era capaz de discordar: as pessoas não estavam na arena para ver o jogo do Raptors. Aquele jogo era do Kobe. O seu último ali. O último jogo do maior vilão que o Toronto já conheceu.

Como o Raptors não é um time de tradição em playoffs, então a equipe têm que arranjar seus inimigos durante a temporada regular mesmo. E, acredite, nenhum fã daqui é capaz de esquecer que foi justamente contra O SEU time que a maior performance individual do basquetebol moderno aconteceu. Ninguém aqui esquece que foi o Toronto que teve que engolir 81 pontos, todos eles vindos de um só cara. 81 pontos dele, é claro, do Kobe.

Como explicar todas aquelas camisas do Lakers? Como é possível que a torcida inteira estivesse usando camisas justamente DESSE cara? Porque, acredito, no esporte as grandes rivalidades escondem algo maior; algo que permanece depois que a rivalidade acaba. Estou falando de respeito. Ontem, no Air Canada Centre, 20mil torcedores do Raptors vestiram a camisa do Lakers. Todos eles, juntos, reverenciando um dos maiores vilões e, portanto, um dos jogadores mais respeitados a já terem pisado nessa quadra. Eu tava lá. Eu vi. Eu presenciei. Que honra.

Eu tava lá. Eu vi. Eu presenciei. As arquibancadas do Air Canada Centre foram invadidas por uma cor estrangeira; o amarelo se espalhou pela arena. Camisas, bonés, blusas e pôsteres, todos portando o mesmo nome: Kobe Bryant. A maioria dos fãs usava a número 24, mas alguns usavam a 8, outros poucos usavam a 33 de sua antiga escola de ensino médio, Lower Merion. Ontem, nem o mais fanático dos torcedores canadenses era capaz de discordar: as pessoas não estavam na arena para ver o jogo do Raptors. Aquele jogo era do Kobe. O seu último ali. O último jogo do maior vilão que o Toronto já conheceu.Como o Raptors não é um time de tradição em playoffs, então a equipe têm que arranjar seus inimigos durante a temporada regular mesmo. E, acredite, nenhum fã daqui é capaz de esquecer que foi justamente contra O SEU time que a maior performance individual do basquetebol moderno aconteceu. Ninguém aqui esquece que foi o Toronto que teve que engolir 81 pontos, todos eles vindos de um só cara. 81 pontos dele, é claro, do Kobe. Como explicar todas aquelas camisas do Lakers? Como é possível que a torcida inteira estivesse usando camisas justamente DESSE cara? Porque, acredito, no esporte as grandes rivalidades escondem algo maior; algo que permanece depois que a rivalidade acaba. Estou falando de respeito. Ontem, no Air Canada Centre, 20mil torcedores do Raptors vestiram a camisa do Lakers. Todos eles, juntos, reverenciando um dos maiores vilões e, portanto, um dos jogadores mais respeitados a já terem pisado nessa quadra. Eu tava lá. Eu vi. Eu presenciei. Que honra.

Posted by Homens Brancos não Sabem Blogar on Terça, 8 de dezembro de 2015


Mais uma despedida de Kobe
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Gustavo Battaglia

Tantas coisas legais no mesmo vídeo:
1- A torcida do Pistons tá num nível de ruído tipo dando boas vindas pro cara da equipe em jogo de playoffs;
2- O locutor está claramente emocionado;
3- O Kobe tá muito, mas muito, mas MUITO FELIZ! Parece que ele tá que nem a gente: a cada jogo que passa, realizando um pouco mais que estes são mesmo seus últimos momentos de NBA.

Tantas coisas legais no mesmo vídeo:1- A torcida do Pistons tá num nível de ruído tipo dando boas vindas pro cara da equipe em jogo de playoffs;2- O locutor está claramente emocionado;3- O Kobe tá muito, mas muito, mas MUITO FELIZ! Parece que ele tá que nem a gente: a cada jogo que passa, realizando um pouco mais que estes são mesmo seus últimos momentos de NBA.

Posted by Homens Brancos não Sabem Blogar on Segunda, 7 de dezembro de 2015


Como foi o último jogo da carreira do Kobe jogando na sua cidade natal?
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Gustavo Battaglia

Como foi o último jogo da carreira do Kobe jogando na sua cidade natal?
1- Vídeo especial;
2- Apresentador indo à loucura;
3- Homenagem do Dr. J;
4- Equipe adversária toda reverenciando;
5- Torcida inteira gritando o nome dele.

Saldo total: AGUENTA CORAÇÃO.

Posted by Homens Brancos não Sabem Blogar on Quarta, 2 de dezembro de 2015


Kobe anuncia a aposentadoria II
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Gustavo Battaglia

“Zero. Foi essa a quantidade de pontos que eu anotei durante o verão na liga de desenvolvimento do Sonny Hill, quando eu tinha 12 anos. Eu não pontuei. Nenhum lance livre, nenhuma bandeja acidental, nenhuma daquelas bolas que você joga pra cima e que caem sem querer.

Meu pai, Joe ‘Jujuba’ Bryant, e meu tio, John ‘Gordinho’ Cox eram lendas nesta liga de desenvolvimento. Eu havia envergonhado minha família!

Eu considerei desistir do basquete e me dedicar ao futebol. Foi nestemomento que meu respeito e minha admiração pelo Michael surgiram. Eu descobri que ele havia sido cortado do seu time do ensino médio quando ele era um calouro; eu descobri que ele sabia como era se sentir envergonhado, se sentir um fracasso. Mas ele usou essas emoções para alimentá-lo, para fazê-lo mais forte. Ele não desistiu. Então eu decidi que eu iria encarar o desafio da mesma maneira que ele fez. Eu iria usar o meu fracasso para me motivar. Eu me tornei obcecado em provar para minha família – e, mais importante, para mim mesmo – que eu CONSEGUIRIA.

Eu aprendi tudo sobre o jogo: a história, os jogadores, os fundamentos. Eu não estava só determinado a nunca mais ter zero pontos, eu queria ser o responsável por fazer com que meus adversários sentissem o mesmo sentimento de fracasso que eu um dia senti. Meu instinto assassino de pontuar havia nascido.

Vinte e quatro anos depois, eu ultrapassei o cara que me inspirou.

Que jornada! Esta marca é uma honra enorme. Eu estou ciente das regras do Tempo-Pai. Ele já me mandou ir escovar os dentes antes de me botar pra dormir, mas eu não seria eu mesmo se eu não demorasse pra obedecer. Eu não seria eu mesmo se eu não escovasse cada um dos dentes duas vezes, escovasse minha língua três vezes, passasse o fio dental até que minhas gengivas sangrassem, e enxaguasse minha boca até que ela ficasse dormente.

Eu não seria a criança que se levantou depois do zero, e eu não estaria honrando o homem que me inspirou a desafiar tudo. Muito obrigado a todos vocês pelo amor e pelo apoio. Eu aprecio muito tudo isso, mesmo se o vilão que mora dentro de mim se recuse a admitir isso o tempo todo.

Muito amor, câmbio, desligo,
Mamba.” (Kobe Bryant para a The Players’ Tribune)

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Originalmente, este texto foi ao ar nos dias seguintes ao Kobe ter passado Michael Jordan no ranking de maiores cestinhas da história da NBA. Bryant é o terceiro, atrás de Karl Malone e Kareem Abdul-Jabbar.

Ontem, o Kobe anunciou sua aposentadoria ao fim desta temporada. Hoje, o dia será todo dedicado a ele. Incluindo o nosso programa de rádio semanal, o Estação Basquete, de daqui a pouco. Entramos no ar, ao vivo, às 21h.


Kobe anuncia a aposentadoria
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Gustavo Battaglia

“Querido Basquetebol,

A partir do momento em que eu comecei a fazer bolas de meia com os meiões do meu pai e a chutar chutes imaginários que ganhavam os jogos do Grande Western Forum, eu soube que uma coisa era real: eu me apaixonei por você.

Um amor tão profundo que eu dei-me por inteiro – da minha mente e meu corpo até o meu espírito e minha alma.

Como um garoto de seis anos profundamente apaixonado por você, eu nunca avistei o fim do túnel. Eu apenas me via saindo dos túneis dos vestiários.

E então eu corri. Eu corri pra cima e pra baixo das quadras – atrás de todas as bolas perdidas – por você. Você me pediu garra e eu te dei meu coração porque ele veio com muito mais pra oferecer.

Eu superei o suor e a dor não porque o desafio me convidava a fazê-lo, mas porque VOCÊ me convidava. Eu fiz tudo isso por VOCÊ. Porque é isso o que se faz quando alguém te faz se sentir tão vivo quanto você me fez.

Você deu a um garoto de seis anos o seu sonho de ser um Laker, e eu sempre te amarei por isso. Mas eu não posso te amar obsessivamente por muito mais tempo. Esta temporada é tudo o que me restou para oferecer. Meu coração aguenta bater, minha mente aguenta a pressão, mas meu corpo sabe que é hora de dizer adeus.

E tudo bem. Eu estou pronto para te deixar ir. Eu quero que você saiba disso para que a gente possa saborear cada momento que ainda temos juntos. Os bons e os ruins. Nós nos demos tudo o que tínhamos.

E nós dois sabemos – não importa o que eu faça a seguir – que eu sempre serei aquela criança com as bolas de meia e a lata de lixo no canto. 5 segundos no relógio, a bola nas minhas mãos. 5 … 4 … 3 … 2 … 1

Te amo sempre,

Kobe.” (Kobe Bryant para a The Players’ Tribune)

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Ontem, oficialmente, Kobe anunciou sua aposentadoria ao final desta temporada. O fim da carreira de um jogador marca o momento no qual as rivalidades perdem importância – como Magic Johnson que, na aposentadoria do Larry Bird, atendeu à cerimônia com uma camisa doBoston Celtics por baixo de seu uniforme do LA Lakers. Agora, as rixas devem ser deixadas de lado. Esta não é a hora para comparações. Neste momento, o que cabe é olhar pra trás e admirar uma carreira brilhante, única, histórica. Um dos grandes declarou seu amor ao basquetebol e preparou para se despedir. Antes da sua saída, ele diz: “Eu quero que você saiba que estou te deixando para que a gente possa saborear cada momento que ainda temos juntos.”

Por isso, o dia de hoje será dedicado a ele. O Estação Basquete de hoje, nosso programa de rádio semanal, também será inteiramente dedicado ao Kobe. Começamos às 21h, ao vivo, na Central3.