“Pelo amor ao Jogo”, parte 12
Homens Brancos Não Sabem Blogar
“Às vésperas das Olimpíadas de Barcelona de 1992, alguns de nós estávamos preocupados com a presença da Reebok nos uniformes de aquecimento da seleção. Me garantiram que isso estaria resolvido quando os Jogos começassem, então eu concordei em jogar. Esta foi a primeira vez que permitiram que atletas profissionais de basquete dos Estados Unidos jogassem nas Olimpíadas, e a NBA queria que desse tudo certo, por isso, criaram o Dream Team.
Eu havia ganhado uma medalha de ouro nos jogos de 1984, então meu primeiro pensamento foi deixar que outro atleta tivesse essa chance. Mas a oportunidade de passar um tempo com o Larry Bird, Magic Johnson, Charles Barkley, e alguns dos outros caras me atraiu. A gente sabia que os jogos em si não seriam muito difíceis. Meu único problema era meu relacionamento com a Nike e o patrocínio da Reebok para o basquetebol dos EUA. Eu sabia que eu não poderia desistir de jogar as Olimpíadas depois de já ter concordado em ir. Ainda assim, eu não sabia como faria na cerimônia de entrega das medalhas. Eu não poderia ficar lá, na frente do mundo inteiro, usando um uniforme da Reebok. Quando chegou o momento de recebermos a medalha de ouro, nos disseram que qualquer um que se recusasse a usar o uniforme, não poderia subir no pódio. Finalmente, uns 20 minutos antes da entrega das medalhas, eu tive uma ideia. Charles Barkley, Scottie Pippen, e eu decidimos que iríamos para o pódio usando a bandeira dos Estados Unidos. Quem poderia argumentar contra a bandeira? Nós só tínhamos quatro bandeiras, e nós a colocamos na frente do logo.” (Michael Jordan)