Homens Brancos Não Sabem Blogar

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Gustavo Battaglia

Existem vários termos da linguagem basquetebolística americana que não são fáceis de traduzir para outras línguas. O professor Dante de Rose escreveu dois artigos pra tentar facilitar um pouco nossa vida.

Mas, em alguns casos, não basta entender o significado literal deles. As vezes, é preciso ter uma informação visual para ilustrar melhor.

Então, aí vai a explicação do que é body control.

 


Gary Payton e o trash talk
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Gustavo Battaglia

Gary Payton completa 47 anos hoje.

The Glove, como ficou conhecido durante sua carreira, brilhou durante 13 temporadas no Seattle Supersonics. Teve também passagem por Milwalkee Bucks, Los Angeles Lakers, Boston Celtics e Miami Heat, onde foi campeão em 2006.

O cara foi tão foda durante sua carreira que Shaquille O’Neal, em sua auto biografia, fez questão de demonstrou toda sua admiração pelo ex-armador.

“You got to love GP. He’s mean, he talked a lot of trash and he wasn’t afraid of anybody. He was fabulous player who was stuck going up against the great Michael Jordan, otherwise he would have had more rings.”

 

Mas o pessoal desse blog gosta de Payton (a.k.a. Gee Pee) por outras razões, que, por incrível que pareça, não estão no vídeo abaixo:

Idolatramos GP porque ele é um dos maiores trash talkers da história da liga, e a gente gosta muito disso!

Dizem que nem os companheiros de Payton escapavam da sua língua afiada. Michael Cage, companheiro de Supersonics, disse certa vez a um jornalista da Sports Illustrated, que quando você jogava com Gary “você só queria encontrar uma biblioteca ou algo assim. Algum lugar totalmente silencioso“.

Outro que não escapou de Gee Pee foi a sua majestade, Michael Jordan.

Em sua primeira pre temporada na NBA, como rookie, Payton teve a ousadia de desafiar MJ, enquanto ele descansava no banco.

“It was an experience. And I had to go against Michael Jordan and had a good game. When it came to the season Michael Jordan remembered and at the first tip ball he said, ‘hey, I got the young fella’. He said don’t forget I remembered about preseason and what you did and he had 35 on me.”

 

O pessoal do Viralhoops listou 17 histórias bem bacana dos conversas amistosas de Payton, vale a pena dar uma olhada.

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Gary Payton praticando seu trash talk com Michael Jordan, durante as finais de 1996

 

Payton não foi o primeiro a falar grosseria para adversários e companheiros na liga, mas ele era um dos mais criativos e arrogantes e, por isso, ajudou o trash talk a ser largamente aceito e esperado, num jogo de basquete profissional.

Bons tempos aqueles..

 

 

 


Em 1983, Jordan ganhava o último ouro dos EUA no Pan em cima do Brasil
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Marcos Jorge

Foi no Pan de 1983 que Michael Jordan tirou seu cartão de visitas e se apresentou à seleção brasileira pela primeira vez. Na realidade, aos 20 anos de idade, essa era a primeira vez que ele jogava um jogo oficial internacional.

Não é que Jordan fosse um zé ninguém do basquete. Naquela época eram os universitários que representavam os EUA na modalidade e MJ estava no meio de sua passagem pela universidade de North Carolina. Em 82, seu primeiro ano na faculdade, tinha sido campeão nacional. Em 1983, ano do Pan, foi escolhido para a seleção universitária dos EUA. Um ano depois seria eleito o melhor jogador dos EUA para em seguida fazer o salto para a NBA.

O Brasil de certa forma era o time a ser batido: mais experiente, com atletas na casa dos 26, 27 anos e vindo de um título sul-americano. A seleção dos EUA, apesar de Jordan e outros futuros nomes da NBA, como Mark Price, Sam Perkins, Chris Mullin e Wayman Tisdale, tinha entre 19 e 22 anos de idade e nenhuma bagagem internacional.

Mas no Brasil, a gente sabe, ninguém dá muita bola para o que acontece no basquete universitário dos EUA. Imagina então no começo dos anos 80, sem internet ou TV a cabo. Jordan pegou muita gente de surpresa na seleção. Em Caracas, a defesa zona do Brasil não permitiu aquelas jogadas plásticas que nós nos acostumamos a ver pelo Chicago Bulls ao longo da década seguinte, mas pelo vídeo dá pra ver que ali tem algo especial.

Jogando com a camisa 5, Jordan terminou a competição como cestinha do time com 17,3 pontos por partida, numa campanha invicta (8-0). Na segunda partida contra o Brasil, valendo a medalha de ouro, Jordan anotou 14 dos seus 16 pontos no segundo tempo e garantiu o título para os EUA. A última medalha de ouro da seleção masculina norte-americana em Panamericanos, diga-se.


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Marcos Jorge

Como nós somos novos por aqui, acho importante falar um pouco sobre o que  gostamos. Bom, em primeiro lugar, basquete. Em segundo lugar, Michael Jordan. Em terceiro e quarto lugar também. A partir daí rola alguma divergência entre os colaboradores então por hora vamos ficar apenas no camisa 23 mesmo.

Pode ter certeza que você vai ver muito esse uniforme vermelhinho por aqui. E pra já ir acostumando o leitor, acho legal lembrar uma jogada icônico do “hómi”. Aquela que ele sai lá da linha de três pontos para emendar o rebote de um lance livre com uma enterrada de respeito. Lembrou?

Pois saiba que Jordan executou essa jogada mais de uma vez na carreira. Neste vídeo estão seis delas:


O “assassinato” de Patrick Ewing
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André Cavalieri

1994. Chicago Bulls vs New York Knicks. Semi-final de conferência. Jogo seis. Scottie Pippen assassina Patrick Ewing.

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Com a saída de Michael Jordan da NBA, Scottie Pippen assumiu a responsabilidade de liderar o Chicago Bulls. As coisas iam bem. Depois de uma temporada de 55 vitórias e uma varrida sobre o Cleveland no primeiro round dos playoffs, era hora de enfrentar um velho conhecido: o New York Knicks. Com Jordan em quadra, o Bulls nunca havia perdido uma série de playoffs para o time de Patrick Ewing. Sem o Jordan, tudo parecia que continuaria igual. No jogo cinco, os dois times estavam cada qual com duas vitórias. Com três segundos para o término do jogo, Chicago liderava por um ponto e Hubert Davis, do Knicks, acabava de errar o último arremesso do time na partida. A vitória seria do Bulls e eles voltariam para Chicago com a oportunidade de fechar a série. Isto, contudo, nunca aconteceu.

Hubert Davis errou o arremesso, é verdade, mas foi aí que ouviu-se o apito. Atrasado. Inconveniente. Injusto. A bola bate no fundo do aro, sobe e, ao subir, soa o apito. O árbitro Hue Hollins aponta para Scottie Pippen: falta. Ninguém acredita. Até mesmo Phil Jackson perde a compostura. Os dois lances-livres caem. Knicks vence o jogo. Logo Scottie Pippen? O cara havia terminado em terceiro na disputa pelo MVP daquela temporada (atrás do vencedor, Olajuwon, e do vice, David Robinson). Ele estava levando o time até ali. Ele era um defensor impecável, todos sabiam disso. Justamente este cara iria fazer uma falta naquele momento do jogo? Não podia ser.

Foi com um gosto amargo na boca que o time de Chicago entrou pro jogo seis. Agora, era vencer ou ir pra casa. Todos sabiam disso. Scottie Pippen, especialmente, sabia disso.

Os Bulls não ficaram atrás em nenhum momento daquele jogo. No segundo tempo, a maior diferença da partida, 17 pontos, viria por meio da posterização mais emblemática da história dos playoffs.

Scottie Pippen recebe a bola na lateral do garrafão, dá um passo, une os dois pés e salta. No meio do caminho, encontra com – quem mais? – Patrick Ewing. Pippen, mesmo menor e muito mais leve, enterra a bola sobre Ewing. O pivô aterrissa desequilibrado e tenta se segurar no jogador do Bulls. Scottie empurra sua mão e Ewing cai no chão. Ewing cai no chão e Scottie Pippen caminha sobre o corpo do pivô. Passa por sobre a cabeça de Ewing e então vai em direção a Spike Lee. Lee, de pé na lateral da quadra, grita e gesticula inconformado. Pippen caminha até ele e diz: “Sente-se, Spike.”

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Os fans pulam, comemoram, gritam e seus gritos alcançam a altura que Scottie saltou para dar aquela enterrada. Aquilo era história, todos sabiam. O Bulls perderia aquela série dois dias depois. Mas isso já não importava. Em plena Copa do Mundo de Futebol nos EUA, um fan segurava o cartaz: “Basquete, não futebol”. Naquele momento, não havia uma alma capaz de discordar.


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André Cavalieri

Shaq dá o toco a mais de 3,70m do chão.

Shaq dá o toco a mais de 3,70m do chão.

Poucas coisas me impressionaram tanto quanto a altura que o Shaquille O’Neal foi buscar esse toco, ainda na época de LSU. O vídeo dos highlights dele na universidade (da onde vem esse print screen) segue abaixo.