Marcos Jorge
Parece que o Ron Artest Metta World Peace Panda Friend não é o único que bebe antes de jogar basquete.
Marcos Jorge
Parece que o Ron Artest Metta World Peace Panda Friend não é o único que bebe antes de jogar basquete.
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Giuliano Galli
Hoje, a partir das 22h, o basquete brasileiro estreia nos Jogos Pan-Americanos de Toronto. A seleção feminina inicia sua busca pela quarta medalha de ouro na competição diante da sempre temida equipe dos Estados Unidos. Não vamos nos estender nas expectativas em relação ao time do técnico Luiz Zanon, até porque nosso companheiro Fábio Balassiano já deu a letra sobre isso.
Aqui, vamos falar de história. Aliás, de um dos episódios mais legais da história do basquete brasileiro.
Em 1991, o Pan-Americano era disputado em Havana, na Cuba de Fidel Castro, em meio aos últimos suspiros da Guerra Fria. A competição de basquete feminino reunia apenas cinco equipes: Argentina, Brasil, Canadá, Cuba e Estados Unidos. Os EUA, mesmo com um time universitário (assim como a delegação que está em Toronto), e Cuba, donas da casa, eram os times a ser batidos.
O Brasil vinha de uma prata no Pan de Indianápolis, em 1987 (o ouro ficou com os EUA), e surpreendeu: venceu todos os jogos da primeira fase, com destaque para o 87 X 84 contra os EUA e para o 90 X 87 contra Cuba. Com a melhor campanha, enfrentou o Canadá na semi, enquanto Cuba e EUA brigavam pela outra vaga na final.
A vitória sobre as canadenses veio de forma relativamente tranquila: 87 a 78, o que credenciou o Brasil para a disputa da medalha de ouro contra Cuba, que bateu as universitárias norte-americanas por 86 a 81.
O ginásio da final estava completamente lotado. E outros milhares de cubanos assistiam à partida em suas casas, na primeira transmissão esportiva ao vivo da história do país. Fidel Castro, ex-atleta e apaixonado por basquete, claro, estava lá, e a todo instante da transmissão, via satélite, era mostrado o líder cubano torcendo, reclamando, puxando a “ola” e tudo mais.
O jogo final foi equilibrado só até a metade. No intervalo, 44 a 44. Mas já no começo do segundo tempo o Brasil abriu 70 a 62, depois 82 a 67 e Cuba não encostou mais. O placar terminou 97 a 76 pra seleção brasileira, evidenciando a superioridade do time durante toda a competição.
Na cerimônia de entrega das medalhas, uma das cenas mais marcantes da história dos Jogos Pan-Americanos: Fidel Castro desceu do seu camarote e roubou a cena. Primeiro, em tom de brincadeira, acusou as brasileiras de terem trapaceado ao se utilizarem de uma mira laser, já que não erravam a cesta de jeito nenhum. Depois, fingiu se recusar a entregar as medalhas de ouro para Paula e Hortência – que simplesmente destruíram naquele Pan, naquela final e naquela geração do basquete brasileiro.
A conquista daquele Pan não foi a maior glória dessa geração, que ainda venceria o Mundial de 94 e ficaria com a prata na Olimpíada de 96 e o bronze em 2000. Mas para Paula, Hortência, Janeth, Marta Sobral, Ruth, Nádia, Vânia, Simone, Ana Motta, Joyce, Roseli, Adriana, e para a técnica Maria Helena Cardoso, aquela medalha certamente teve um gosto especial.
Que o time de Zanon sinta-se inspirado por tal conquista.
Veja o momento da entrega das medalhas, em que Fidel Castro finge se recusar a entregar o ouro para Paula e Hortência. E vale também assistir ao jogo final na íntegra, na narração de Luciano do Valle.
Homens Brancos Não Sabem Blogar
O ''Homens Brancos Não Sabem Blogar'' (HBNSB) presta uma homenagem a este clássico esquecido do cinema e comenta o basquete daqui e dali. Como não podia deixar de ser, temos um quinteto de autores:
Marcos Jorge, o Crovis. É o armador.
Armador que sonhou ter a habilidade de Steve Nash, a inteligência de Jason Kidd e a astúcia de Allen Iverson. Só conseguiu o bigode do Guerrinha.
Gustavo Battaglia, o Wallynho. É o ala-armador.
Ele arremessa tanto quanto um LeBron James, mas com a precisão de um Matthew Dellavedova. Só está no time porque é bom em vender camisetas.
Rafael Gonzaga, o Rafa. É o ala.
Profissional de sucesso como publicitário, ele sabe que jogar nesse time só vai queimar seu filme. Mais ou menos como Jordan com o Charlotte Bobcats.
Giuliano Galli, o Giu. É o ala de força.
Nosso ala de força, não tem muita força nem muita ala, ainda assim conseguiu entrar no time pela política de cotas dos atletas de handebol.
André Cavalieri, o Dedé. É pivô.
Obedece a lógica Bill Laimbeer de ''cada enxadada uma minhoca'', mas não se engane: tal qual o pivô dos Pistons ele é um ogro de talento